Novas salas de embarque no Aeroporto de Ponta Delgada prontas dentro de "algumas semanas"
7 de jul. de 2022, 17:47
— Lusa/AO Online
“Há
investimentos já em curso que consistem em criar novas salas de
embarque, que tem sido a principal dificuldade que o aeroporto teve no
arranque da operação após a pandemia [de covid-19]. Esses investimentos
serão entregues dentro de algumas semanas”, garantiu, em declarações aos
jornalistas, no final de uma reunião com a secretária regional do
Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, realizada na Horta,
ilha do Faial.Em março, a ANA revelou que
estava a preparar uma “intervenção de caráter temporário” no Aeroporto
João Paulo II para “assegurar as melhores condições” aos passageiros
durante o verão. O anúncio da gestora do aeroporto surgiu depois de o
Governo açoriano e a transportadora aérea SATA terem alertado para
possíveis constrangimentos devido ao aumento de voos no verão para São
Miguel.Hoje, a secretária regional
adiantou que, durante a reunião com a administração da empresa que gere
os aeroportos nacionais, foram apresentadas algumas soluções para os
problemas de operacionalidade no Aeroporto de Ponta Delgada,
nomeadamente em matéria de descongestionamento de algumas áreas de
embarque.“Serão feitas algumas obras de
ampliação para criar mais portas de embarque. Obviamente era uma
preocupação que todos tínhamos e agora esperamos que rapidamente sejam
concretizadas para, ainda durante este verão, isso se traduzir num
melhor serviço no aeroporto de Ponta Delgada”, adiantou Berta Cabral.Na
quarta-feira, o presidente executivo da ANA tinha revelado, numa
audição parlamentar na Assembleia da República, que a SATA tinha uma
dívida acumulada com a gestora dos aeroportos, em mais de 11 milhões de
euros, mas a governante disse hoje que esse assunto não foi tratado na
reunião, uma vez que se trata de um problema entre as duas empresas.“Nós
não estivemos a tratar disso. Isso é uma questão entre as empresas. A
ANA e a SATA vão sentar-se à mesa, na primeira oportunidade, agora que o
plano de reestruturação da companhia aérea já é público e conhecido,
embora ainda não tenhamos a solução definitiva, mas é uma questão entre
empresas e será tratada entre a ANA e a SATA", afirmou.Quanto
ao reivindicado aumento da pista do aeroporto da Horta, na ilha do
Faial, também gerido pela ANA, bem como a criação de zonas RESA (áreas
de segurança nas cabeceiras da pista), Thierry Ligonnière não assumiu
nenhum compromisso em matéria de investimento ou de prazos.“A
ANA tem várias obrigações no seu contrato de concessão e vai
cumpri-las. Temos um investimento previsto de reabilitação da pista, que
necessita de manutenção, e estamos a preparar isso”, disse, adiantando
que é necessário avaliar o relatório do grupo de trabalho criado pela
República sobre o aumento da pista do Aeroporto da Horta, sem
especificar, no entanto, o que será feito.Sobre
as obras de ampliação da pista do aeroporto da Horta, há muito
reivindicadas pelas entidades locais e pelo Governo Regional, Berta
Cabral afirmou apenas que este “é um processo que está ainda a ser
trabalhado e que necessita de fundos comunitários para avançar”.“Agora,
o que temos de ter em conta - e isso é também uma questão de gestão
interna da empresa e de cumprimento de metas - é se a obra deve avançar
apenas com as RESA e depois com a ampliação da pista [quando ela for
decidida], ou não”, explicou a secretária regional.