Nova reunião sem resultados do Conselho de Segurança
Jerusalém
12 de mai. de 2021, 16:56
— Lusa/AO Online
Para
os Estados Unidos, maior apoiante de Israel, “o Conselho de Segurança
assinala a sua preocupação reunindo-se, não é preciso mais”, indicou à
agência francesa de notícias AFP um diplomata, que não quis ser
identificado.“Os Estados Unidos não
parecem considerar que uma declaração possa ajudar a uma diminuição da
violência”, adiantou outro diplomata, que também não quis ser
identificado.Segundo várias fontes, 14 dos
15 membros do Conselho de Segurança estavam a favor da aprovação de uma
declaração comum para fazer baixar a tensão. A AFP não conseguiu até
agora obter um comentário da missão norte-americana junto da ONU.Uma
fonte diplomática disse que, na reunião, o enviado da ONU para o Médio
Oriente, Tor Wennesland, sublinhou que “a situação se deteriorou desde
segunda-feira”.“Trata-se da maior escalada em anos”, adiantou, alertando para “uma espiral de violência”.Na
segunda-feira, durante uma primeira reunião de urgência do órgão
executivo das Nações Unidas, os Estados Unidos tinham recusado a
aprovação de um texto conjunto proposto pela Tunísia, Noruega e China,
apelando as duas partes a absterem-se de qualquer provocação.Washington
explicou então não estar certo de que um texto pudesse ajudar a uma
diminuição da tensão, afirmando temer que tal prejudicasse negociações
nos bastidores para acalmar a situação.O
confronto entre os grupos armados da Faixa de Gaza e o Estado hebreu não
revelou hoje quaisquer indícios de apaziguamento e levanta receios de
uma “guerra em grande escala”, nas palavras de Tor Wennesland na
terça-feira.Desde que começou a onda de
violência entre Israel e Gaza, na segunda-feira, morreram pelo menos 48
palestinianos, incluindo 14 crianças, e seis civis israelitas, entre os
quais um adolescente e um trabalhador indiano.