Nova proposta de acordo "não é suficientemente ambiciosa"
COP30
Hoje 13:31
— Lusa/AO Online
“Tivemos a reunião de
coordenação da União Europeia a analisar o documento e a posição da
União Europeia é que o documento não é suficientemente ambicioso na
mitigação, na redução das emissões, e não tem uma referência explícita
ao diminuir dos combustíveis fósseis”, afirmou à Lusa Maria da Graça
Carvalho em Belém, Brasil, onde decorre a conferênca da ONU sobre as
alterações climáticas.No último dia da
COP30, a ministra portuguesa manifestou a esperança de que seja possível
chegar a um acordo "que tenha alguma ambição, que seja ambicioso".A
presidência brasileira da COP30 publicou hoje uma nova proposta de
acordo, que não contém qualquer referência ao abandono dos combustíveis
fósseis, questão que tinha sido exigida por dezenas de países.Ao
longo das sete páginas da proposta da presidência da 30.ª conferência
da ONU sobre alterações climáticas (COP30), intitulada Mutirão Global:
Unindo a humanidade em uma mobilização mundial contra as mudanças
climáticas e publicada hoje de madrugada, não há uma única referência
aos combustíveis fósseis.A necessidade de
uma transição para o abandono dos combustíveis fósseis foi mencionada
oficialmente pela primeira vez na COP28 no Dubai, sem clarificar como
nem quando, mas o Presidente brasileiro lançou logo na abertura da
COP30.A ideia de um roteiro para o
abandono e o primeiro rascunho apresentado na terça-feira pelo Brasil
apresentava opções a serem negociadas.No
entanto, o texto hoje conhecido, publicado no último dia oficial da
conferência, limita-se a reconhecer os "níveis recordes de capacidade
global de energia renovável e investimentos em energia limpa”.Mais
de trinta países escreveram na quinta-feira à presidência brasileira da
conferência climática da ONU (COP30) a pedir que incluísse um roteiro
para a eliminação gradual das energias fósseis, segundo um texto citado
pela France-Presse"Estamos profundamente
preocupados com a proposta atual, a aceitar ou a rejeitar", escrevem a
Colômbia, França, Reino Unido, Alemanha, entre mais de três dezenas de
países, de acordo com uma lista fornecida pela delegação colombiana à
AFP.