Nova PM britânica rejeita imposto extraordinário para pagar medidas na energia
7 de set. de 2022, 15:42
— Lusa/AO Online
“Eu
percebo que as pessoas em todo o nosso país estejam a sofrer com o custo
de vida e com as contas de energia. E é por isso que eu, como
primeira-ministra, tomarei medidas imediatas para ajudar as pessoas”,
afirmou. Porém, acrescentou, a solução não
pode ser “um penso rápido” e disse ser necessário aumentar o
fornecimento de energia a longo prazo através do aumento da produção de
gás natural no Mar do Norte, ao largo da Escócia, da abertura de mais
centrais nucleares. "A realidade é que
este país não pode chegar ao crescimento com mais impostos. A forma de
fazer crescer a nossa economia é atraindo investimento, mantendo os
impostos baixos, realizando reformas para construir projetos mais
rapidamente. Esta é a forma de criarmos empregos e oportunidades em todo
o nosso país”, defendeu.O líder do
Partido Trabalhista, Keir Starmer, voltou a defender que o congelamento
dos preços da energia deve ser financiado por um imposto extraordinário
sobre as empresas do setor, cujos lucros se estima que irão chegar a
170.000 milhões de libras (200.000 milhões de euros). “A
primeira-ministra sabe que não tem outra escolha senão congelar os
preços da energia, mas não será barato, e a verdadeira escolha, a
escolha política, é quem vai pagar”, vincou. Segundo
o líder do principal partido da oposição, Truss "sabe que cada libra em
lucros a mais que opta por não tributar é uma libra adicional no
endividamento [público] que os trabalhadores serão forçados a pagar
durante décadas”."Ela é a quarta
primeira-ministra ’tory' em seis anos. A cara no topo pode mudar, mas a
história continua a ser a mesma”, lamentou Starmer, ao que Truss
replicou: “Não há nada de novo num líder Trabalhista que pede mais
aumento de impostos”. O debate, no âmbito
da sessão semanal de perguntas de deputados na Câmara dos Comuns, foi o
primeiro desde que Truss entrou em funções na terça-feira, sucedendo a
Boris Johnson. A primeira-ministra começou
o dia com uma reunião do conselho de ministros e tem prevista outra
intervenção no parlamento na quinta-feira para, segundo a imprensa
britânica, anunciar o congelamento dos preços da energia, plano que
custará cerca de 150.000 milhões de libras (173.000 milhões de euros).