Nova força de sapadores florestais entra em ação em 2020
Incêndios
11 de abr. de 2019, 12:21
— Lusa/AO Online
"Ainda
não temos identificada toda a área de missão dessa força, o que sabemos
é que vai ser uma força mais especializada do que os atuais corpos de
sapadores florestais, porque vai ter um conjunto de objetivos mais
focalizados naquilo que diz respeito ao combate mas também às dinâmicas
que se criam nos processos seguintes", com a "recuperação das áreas
ardidas ou estabilização de emergência", disse à Lusa, em Abrantes,
(Santarém), o presidente do Conselho Diretivo do Instituto da
Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).Questionado
pela Lusa quando vai começar a funcionar a nova lei orgânica do ICNF
que prevê a criação de uma força de sapadores florestais, à margem de um
seminário organizado pelo Exército subordinado ao tema "Apoio Militar
de Emergência - Evolução e Tendências", Rogério Rodrigues disse que,
"dentro dos estatutos que o ICNF vai ver publicados durante o mês de
abril", está "identificado que é algo que se vai concretizar nos meses
seguintes".Segundo aquele responsável, "o
ano 2019 é para a constituição da força, em processo que requer um
conjunto de objetivos, desde logo a sua formação" - um ano de
implementação -, tendo acrescentado que os anos "2020 e seguintes são os
anos de materialização dos seus objetivos no território"."Esta
força vai ser um corpo ativo que vai fazer prevenção estrutural, quando
o tempo permitir, e estará preparada também para apoiar a primeira
intervenção e até o combate, quando assim for necessário", notou.Rogério
Rodrigues disse ainda que a nova lei orgânica do ICNF vai permitir um
reforço presencial em todas as regiões do país, algo que não sucedia
desde 2012."Uma vez que o nosso organismo é
Autoridade Nacional para a área das Florestas e Autoridade Nacional
para a Conservação da Natureza, fusão que ocorreu em 2012 num processo
muito redutor, estávamos no período da ‘troika’ e onde foi feita uma
enorme redução na administração pública, hoje, vamos ver essencialmente
nas cinco grandes regiões - Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo,
Alentejo e Algarve -, um ganho, quer no protagonismo regional quer na
organização regional, em que os serviços operam e se articulam quer com
outras entidades públicas quer com os cidadãos", notou.Em
22 de fevereiro deste ano, o ministro da Agricultura, Florestas e
Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, disse que foi feito "um
esforço gigantesco" no reforço das equipas de sapadores florestais, em
que foi "quase duplicado" o número de equipas, atingindo "o número
mítico de 500 equipas vezes cinco homens e mulheres, o que representa um
dispositivo de 2.500 efetivos".