Nova fábrica de conservas nos Açores admite recrutar mão de obra estrangeira
11 de out. de 2022, 14:56
— Lusa/AO Online
“Temos, até
ao momento, 55 inscritos para trabalharem nesta área, todos eles
ex-trabalhadores da Cofaco” (empresa que encerrou a fábrica no Pico em
2018), explicou aos jornalistas José Freitas, administrador da Conseran,
durante uma visita do Governo à obra, adiantando que, agora, a empresa
terá de procurar trabalhadores fora do país.A
Conseran – Conservas do Atlântico Norte, está a investir cerca de 15
milhões de euros na construção de uma nova unidade fabril destinada à
transformação do atum, mas também de outras espécies como a cavala e a
lula, mas está a sentir dificuldades em assegurar a mão de obra
necessária para trabalhar “em velocidade de cruzeiro”.“A
fábrica tem capacidade para laborar 25 toneladas de atum por dia, e
mais as espécies que queremos juntar”, justificou o empresário, que
pretende também “construir instalações para poder trazer, de forma
digna, pessoas de fora para trabalharem nesta fábrica”.A
opção por trabalhadores estrangeiros é elogiada pelo presidente do
Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, que visitou a obra,
acompanhado dos restantes membros do executivo, que estão em visita
estatutária à ilha do Pico.“Esta é uma
estratégia que a Conseran tem planeado, obviamente com recurso aos
recursos humanos dos Açores, mas na falta deles, também a oportunidade
de recorrermos à imigração, porque a nossa economia é hoje uma economia
de confiança, geradora de emprego”, sublinhou o governante.A
nova fábrica de Conseran, que está a ser edificada na freguesia das
Bandeiras, concelho da Madalena do Pico, deverá estar concluída no
início de 2023.