Nova comissão de trabalhadores reivindica reforço do efetivo e aplicação de leis
9 de dez. de 2019, 12:35
— Lusa/AO Online
“Foram estabelecidos como principais objetivos
a implementação de um programa de medicina no trabalho, evitar a
transferência de serviços internos para contratos externos, aumentar a
força laboral, acabar com o limite nos postos de trabalho, tal como
reavaliar as descrições de trabalho ajustando-as à realidade”, adiantou a CRT, liderada novamente por Diana Sousa, em comunicado de
imprensa. Os representantes dos
trabalhadores pretendem ainda “garantir a aplicação da lei da
parentalidade em conformidade com a lei portuguesa, manter o diálogo e a
partilha de informação entre os trabalhadores e a CRT, ir de acordo às
preocupações e expectativas da força laboral e continuar a luta para a
correção das tabelas salariais”. A única
lista apresentada para o biénio 2020-2021, que integra quatro membros da
anterior comissão, incluindo a presidente, Diana Sousa, venceu as
eleições “por unanimidade”.A votação decorreu nos dias 04 e 05 de dezembro, contando com a participação 64% dos trabalhadores.A comissão recém-eleita compromete-se “a trabalhar com independência, perseverança e empenho na defesa do interesse comum”.“A
CRT apresenta-se com a noção da elevada responsabilidade de representar
a maior contrapartida açoriana desta relação bilateral, que são os
postos de trabalho e o seu enorme contributo para a economia local e
regional”, lê-se no comunicado de imprensa. A
nova comissão, liderada por Diana Sousa, integra ainda Orlando Fontes,
Almerindo Ázera, Natacha Silva, Luís Correia, Sandra Areias, Ricardo
Silva e João Ferreira.Em 2015 e 2016, mais
de 400 trabalhadores portugueses da base das Lajes (na Praia da
Vitória, na ilha açoriana da Terceira), com contrato sem termo,
assinaram rescisões por mútuo acordo, na sequência da redução do efetivo
norte-americano de 650 para 165 militares.A
administração norte-americana comprometeu-se a manter 417 postos de
trabalho para portugueses, dos quais 416 estão atualmente preenchidos
com contratos sem termo.A Comissão
Representativa dos Trabalhadores disse recentemente que existiam 13
funcionários ao serviço das Feusaçores com contratos a termo, em risco
de serem dispensados, apesar de terem renovado contratos por vários
anos.Muitos destes 13 funcionários já
foram informados de que os seus contratos não serão renovados e dois
foram dispensados, incluindo uma trabalhadora a contrato desde 2001 e um
colega que trabalhava no local há cerca de três anos.