Nordeste apresenta Plano Municipal de Ação Climática
16 de out. de 2024, 17:28
— Susete Rodrigues/AO Online
Na apresentação do Plano, que teve
lugar na passada terça-feira, o presidente da Câmara do Nordeste,
António Miguel Soares, procurou sensibilizar as entidades presentes
e a população para a recolha de contributos que possam dar no
sentido do enriquecimento do documento ou para salvaguarda de alguma
omissão.
Conforme refere nota de imprensa, o
Plano Municipal de Ação Climática do Nordeste foi elaborado pela
SPI Açores, tendo recolhido também contributos de várias entidades
locais, tais como as juntas de freguesia, os Serviços Florestais, a
SPEA Açores, a Escola Básica e Secundária e a Escola Profissional
do Nordeste, o IROA, a Direção Regional de Obras Públicas, a Santa
Casa da Misericórdia e a Comissão Municipal de Proteção Civil.
As alterações climáticas, estiveram
em destaque na apresentação do documento, com referência para a
“subida da temperatura ao nível global, quer do ar como do mar, a
ocorrência de chuva ou de neve em zonas onde não ocorriam, e outros
fenómenos naturais mais evidentes”.
Identificadas as vulnerabilidades do
concelho do Nordeste, a “pluviosidade é o fenómeno mais
frequente, que por sua vez desencadeia outros fenómenos como
movimentos de vertente e cheias, que podem ser causadas pela
orografia do concelho ou por ação humana”, adianta a nota de
imprensa, que explica que este fenómeno ocorre normalmente entre os
meses de setembro e novembro “afetando sobretudo as freguesias de
Nordeste, incluindo o lugar da Pedreira, Achada, Santana, Achadinha e
Algarvia. O aumento da temperatura também se tem verificado no
concelho, embora o Nordeste esteja favorecido pela extensa área
florestal e por ser um território com uma zona agrícola/rústica
muito superior à ocupação urbana”.
Para a redução do impacto destes
fenómenos o documento conta com diversas medidas, como a “opção
por práticas agroflorestais adequadas, promover a descarbonização,
promover e biodiversidade e os recursos naturais, acautelar riscos,
promover um ordenamento do território que minimize as consequências
dos fenómenos climáticos, reduzir consumos energéticos, potenciar
os transportes coletivos e a eficiência energética”.
Estas medidas, adianta a nota de
imprensa da autarquia do Nordeste, poderão traduzir-se em
“campanhas que aumentem a literacia da população, na revisão
periódica do Plano, na elaboração de estudos com recolha das
especificidades do concelho, introdução de um regulamento municipal
de boas práticas para processos de obras e uso da água e dos solos,
no desenvolvimento práticas mais sustentáveis ao nível dos
trabalhadores do município, na implementação de um programa de
voluntariado ambiental direcionado para a população escolar”.
Outras medidas também poderão ser
realizadas, tal com a “criação do “Dia da Ação Climática”
permitindo a partilha de políticas de territórios mais avançados
nas questões da Ação Climática, manutenção do programa Eco
Freguesia, reforço do Serviço Municipal de Proteção Civil com
mais meios, o continuo melhoramento das drenagens de água”.