Nelson Oliveira prepara Tóquio2020 e trabalha para Marc Soler
Giro
7 de mai. de 2021, 17:47
— Lusa/AO Online
“Atendendo
ao calendário para os Jogos Olímpicos, para ter depois mais tempo, e
fazer uma grande Volta para melhorar bastante na preparação”, conta à
Lusa, explicando porque optou por regressar a uma corrida que não faz
desde 2013.Nessa última participação,
então a segunda consecutiva, foi 81.º, depois de ter sido 64.º, e
embarcou numa carreira feita sobretudo na Volta a Espanha, com uma etapa
ganha em 2015, e na Volta a França.Regressa
ao Giro num dos melhores anos da sua trajetória, em termos de
resultados em provas por etapas, e em ano de Jogos Olímpicos, onde terá
cartas a dar no contrarrelógio, a especialidade, mas não só.“Nestas
últimas corridas, tenho-me sentido muito bem, a preparação foi feita
nas melhores condições, agora veremos como as coisas saem. Venho para
trabalhar para a equipa, para o líder, o Marc Soler. [...] Se houver uma
oportunidade de ‘espiar’ uma etapa, darei o meu melhor”, assume.Na
Volta à Comunidade Valenciana, em abril, conseguiu o melhor resultado
pessoal de sempre em provas por etapas, ao ser segundo, o mesmo posto
que conseguiu na quarta etapa, um contrarrelógio. mostrando rodagem na
especialidade mas também na montanha.Menos
de duas semanas depois, ‘aterrou’ nas Astúrias, para a Volta da região,
e acabou-a em nono, dando nova mostra da boa forma e sensações.Os
feitos recentes “acabam por ser também uma motivação, é sinal de que o
trabalho está a ser bem feito”, o que até pode “tirar alguma pressão” e
levar a resultados melhores.Confiante no
líder, que “na Volta à Romandia demonstrou que está em boa forma”, não
enjeita as duas oportunidades de se mostrar na especialidade que mais
domina, o contrarrelógio.“Seja onde for,
vou dar sempre o meu melhor. Não venho de maus resultados, estou bem, e
espero que as coisas me saiam. [A primeira etapa, em Turim,] é um
prólogo, provavelmente não me favorece. Mas sei que estou num bom
momento e vou tentar discutir. O último [a 21.ª e última etapa, em
Milão] é de 30,3 quilómetros, não sabemos como chegaremos lá. É plano,
não tem grandes dificuldades. Depende da cabeça e da forma, do
cansaço...”, admite.O percurso exigente -
porque a ‘corsa rosa’ “é sempre uma das provas mais duras do calendário”
-, que continua a ser “igual para todos”, será enfrentado por um
pelotão que engloba um trio de portugueses: além do homem de Vilarinho
do Bairro (Anadia), também João Almeida (Deceuninck-QuickStep), quarto
em 2020, e Ruben Guerreiro (Education First-Nippo), vencedor da montanha
e de uma etapa.“Fizeram um grande Giro.
Este ano, a pressão provavelmente será outra, mas já provaram que podem
estar na discussão de etapas, o João na da geral. Vão estar bem, mesmo
com os holofotes. Aqui estará o trio para tentar honrar Portugal”,
atira.A 104.ª edição da Volta a Itália em
bicicleta arranca no sábado com um contrarrelógio em Turim, terminando
em 30 de maio com novo ‘crono’, desta feita em Milão.