Autor: Lusa/AO Online
A agência mostrou imagens no seu canal na rede social Youtube em que se veem as duas delegações a entrarem para uma sala com uma mesa com 10 cadeiras de cada lado.
Antes do início do encontro, o ministro dos Negócios Estrangeiros bielorrusso, Uladzimir Makiej, disse aos negociadores que se podiam sentir “completamente seguros” na Bielorrússia, de acordo com o relato da BelTA.
“Caros amigos, o Presidente da Bielorrússia pediu para vos dar as boas-vindas e assegurar o vosso trabalho tanto quanto possível. Como acordado com os Presidentes [Volodymyr] Zelensky e [Vladimir] Putin, podem sentir-se completamente seguros. Este é o nosso dever sagrado”, disse Makiej, citado pela agência bielorrussa.
Segundo o chefe da diplomacia bielorrussa, Lukashenko “espera sinceramente que as conversações de hoje permitam solucionar todos os problemas”.
A agência bielorrussa disse que a reunião se realiza perto da fronteira ucraniana, na margem do rio na margem do rio Pripyat, na região de Gomel, mas que o local exato não foi divulgado por razões de segurança.
A Presidência ucraniana disse antes que Lukashenko prometeu que “todos os aviões, helicópteros e mísseis estacionados em território bielorrusso permanecerão no solo durante a viagem, as conversações e o regresso da delegação ucraniana”.
A delegação russa é chefiada pelo conselheiro presidencial Vladimir Medinsky e integra representantes dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, e do parlamento.
Do lado ucraniano, a delegação integra o ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, que usava roupas militares, o conselheiro presidencial Mikhail Podolyak, o dirigente do partido no poder Servo do Povo David Arakhamia e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Nikolay Tochitsky, entre outros, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.
Antes do início do encontro, a Presidência ucraniana disse que ia exigir um cessar-fogo imediato e a retirada das tropas russas da Ucrânia.
Numa mensagem divulgada hoje, Zelensky dirigiu-se em russo aos soldados russos e pediu-lhes que largassem as armas e voltassem para a Rússia.
“Larguem as armas, saiam daqui, não acreditem nos vossos comandantes, não acreditem nos vossos propagandistas. Salvem apenas as vossas vidas”, disse o Presidente da Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin (Presidência russa), Dmitri Peskov, recusou hoje divulgar as posições que Moscovo ia defender na reunião.
O chefe da delegação russa disse antes do início das conversações que a Rússia estava disponível para um acordo, desde que fosse do interesse das duas partes.
As conversações
realizam-se no quinto dia de combates na Ucrânia, após a invasão russa,
que já provocaram centenas de mortos e centenas de milhares de
refugiados.