Navio 'Ocean Viking' resgata 114 migrantes na costa da Líbia
Migrações
16 de dez. de 2021, 11:42
— Lusa/AO Online
O navio
humanitário realizou o resgate “depois de uma noite inteira à procura”
dos migrantes, já que a organização teve a indicação de que havia muitas
mulheres e crianças pequenas a bordo da embarcação, incluindo um bebé
de 11 dias.Malta continua a recusar
receber os migrantes resgatados pelas organizações não-governamentais
(ONG), pelo que a Itália continua a ser o único país da rota migratória
do Mediterrâneo Central (uma das mais mortais, que sai da Líbia, Argélia
e da Tunísia em direção aos territórios italiano e maltês) que está a
lidar com as chegadas destas pessoas.O
primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, afirmou na quarta-feira que
vai levar a questão da migração ao Conselho Europeu, a decorrer hoje em
Bruxelas, “com absoluta determinação” face “ao elevado número de
chegadas registadas nos últimos meses”.Draghi
sublinhou ainda que, em Itália, “os desembarques mensais nunca
estiveram abaixo dos 6.900 por mês desde julho e que atingiram um máximo
de mais de 10.000 em agosto”Segundo o
primeiro-ministro italiano, “até 14 de dezembro, 63.062 pessoas chegaram
à costa do país”, número que comparou com os “11.097 em 2019 e 32.919
em 2020”.“Com a introdução de restrições
por causa da pandemia (de Covid-19), as redistribuições esporádicas
entre os países europeus de imigrantes desembarcados em Itália
cessaram”, pelo que “continuamos a apelar a uma gestão partilhada,
solidária, humana e segura”, referiu o governante.“A
promoção de corredores humanitários a partir de países terceiros para
os Estados-membros da União Europeia” é essencial, segundo Draghi.“A Itália não pode aplicá-los sozinha: é preciso um compromisso europeu claro”, defendeu.E
concluiu: “Temos de fortalecer os canais de migração legal, porque isso
representa um ativo, não uma ameaça à nossa sociedade”.