Autor: Lusa/AO Online
“Condenamos veementemente as atividades cibernéticas maliciosas da Rússia, que constituem uma ameaça à segurança dos aliados”, afirmaram os 32 aliados num comunicado, referindo que a Estónia, a França, o Reino Unido e os Estados Unidos indicaram que os serviços secretos militares russos (GRU) eram responsáveis por ações contra vários aliados da NATO e a Ucrânia.
Recordaram que, já em 2024, a Alemanha e a República Checa denunciaram ataques e atribuíram as ações a uma entidade ligada ao GRU, como no caso dos ataques contra infraestruturas críticas na Roménia.
“Estas atribuições e o contínuo direcionamento das nossas infraestruturas críticas, com os impactos prejudiciais causados em vários setores, ilustram até que ponto as ameaças cibernéticas e os ataques híbridos mais amplos se tornaram ferramentas importantes na campanha em curso da Rússia para desestabilizar os aliados da NATO e na brutal e não provocada guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia”, referiu a Aliança Atlântica.
Na mesma nota informativa, a NATO sublinha a sua unidade na determinação de “contrariar, restringir e desafiar” as atividades da Rússia.
“Estamos a investir nas nossas defesas, nomeadamente através da criação do Centro Integrado de Ciberdefesa da NATO e da manutenção dos nossos compromissos em matéria de ciberdefesa”, afirmou a organização, reiterando os compromissos assumidos na declaração da cimeira de Haia, que decorreu em junho.
No comunicado, a NATO acrescenta que está determinada em “utilizar toda a gama de capacidades para dissuadir, defender e contrariar todo o espetro de ciberameaças”, adiantando que responderá a “estas ameaças no momento”, em “conformidade com o direito internacional e em coordenação com os parceiros internacionais, incluindo a União Europeia”.
Nesta posição comum, os 32 aliados apelam à Rússia para que ponha fim às suas atividades desestabilizadoras, apontando o “desrespeito” de Moscovo pelo quadro da ONU para o comportamento responsável dos Estados no ciberespaço, termos e princípios que a Rússia diz defender.
“As ações da Rússia não irão impedir o apoio dos aliados à Ucrânia, incluindo a assistência cibernética através do Mecanismo de Tallinn e as capacidades cibernéticas da coligação”, sublinhou a Aliança Atlântica.
Ainda no comunicado, a organização defende “um ambiente cibernético livre, aberto, seguro e pacífico”.