NATO ativa pela primeira vez força de reação rápida que inclui Portugal
Ucrânia
25 de fev. de 2022, 20:01
— Lusa/AO Online
“Estamos
a mobilizar a força de resposta de defesa coletiva pela primeira vez,
para evitar transgressões em território da NATO”, salientou o
secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg.O
responsável falava numa videoconferência com os líderes dos membros da
NATO sobre esta força de reação, na qual Portugal participa.Stoltenberg,
que elogiou a capacidade das forças ucranianas, vincou que “a Rússia
lançou uma invasão total da Ucrânia com o objetivo declarado de derrubar
o governo, invadindo Kiev"."Mas
os objetivos do Kremlin não se limitam à Ucrânia. Putin exigiu a
retirada das forças da Aliança dos territórios de todos os países que
aderiram desde 1997", alertou.Para o secretário-geral da NATO, a resposta deve passar por “fortalecer a dissuasão e a postura de defesa dos aliados”.“A Aliança ativou seus planos de defesa na quinta-feira e está a mobilizar elementos da sua força de reação rápida", explicou.A
Força de Reação Rápida da NATO conta com 40.000 soldados e incluiu uma
força operacional conjunta de altíssimo nível de prontidão (VJTF), de
8.000 soldados, atualmente comandados pela França.Esta inclui uma brigada e batalhões multinacionais, apoiados por unidades aéreas e marítimas e forças especiais.Algumas unidades podem estar prontas a moverem-se dentro de dois a três dias, segundo a NATO.Em
Portugal, o Conselho Superior de Defesa Nacional deu na quinta-feira
parecer favorável, por unanimidade, a propostas do Governo para a
eventual participação de meios militares portugueses em forças de
prontidão da NATO."O
Conselho deu, por unanimidade, parecer favorável às propostas do
Governo para a participação das Forças Armadas Portuguesas no âmbito da
NATO, que se seguem: 1. Ativação da 'Very high readiness Joint Task
Force' (VJTF) e das 'Initial Follow-On Forces Group' (IFFG) para
eventual empenhamento nos planos de Resposta Graduada da NATO. 2.
Eventual antecipação do segundo para o primeiro semestre de projeção de
uma companhia do Exército para a Roménia", lê-se num comunicado.O
primeiro-ministro, António Costa, anunciou, esta sexta-feira, que uma companhia do
Exército português composta por 174 militares será enviada para a
Roménia “nas próximas semanas”, numa altura de conflito entre a Rússia e
Ucrânia.“Portugal,
para além das forças que este ano tem afetas ao comando europeu da
NATO, decidiu antecipar do segundo semestre já para o primeiro semestre a
mobilização e o empenho de uma companhia de infantaria que atuará na
Roménia e que será projetada nas próximas semanas”, avançou o
primeiro-ministro.