O projeto solidário “Natal com Gratidão” expandiu-se, e
nesta segunda edição, além da Mãe de Deus, Associação de Solidariedade
Social, vai apoiar o Patronato de São Miguel e a Casa do Gaiato de São
Miguel. Criado por Mariana Pavão, o projeto, que começou como uma
iniciativa de Natal, estendeu as suas atividades ao longo de todo o ano.“O
‘Natal com Gratidão’ cresceu muito, na medida em que tivemos muito mais
apoio. Também conseguimos mobilizar muitas mais pessoas e conseguimos,
acima de tudo, chegar a mais instituições. E a parte das atividades
sociais ocorre durante todo o ano”, explica Mariana Pavão em entrevista
ao Açoriano Oriental.A responsável pela iniciativa solidária revela
que, no ano passado, já tinha sido possível chegar ao Patronato de São
Miguel e à Casa do Gaiato, embora numa ação de menor dimensão. Este
ano, relata, “estendemos a ‘Missão Presentes da Comunidade’ a estas
instituições, em que arranjamos um padrinho na comunidade que compre uma
prenda” para oferecer a uma determinada criança ou jovem. E o resultado
foram 90 presentes, bem como outras “angariações e cabazes de Natal”. Através
do projeto, foi também recolhido um computador portátil para um jovem
estudante de informática do Lar da Mãe de Deus; dois frigoríficos para a
Casa do Gaiato e um smartphone que foi já entregue ao Patronato de São
Miguel.Mariana Pavão refere que o projeto já possibilitou
a realização de diversas atividades, incluindo jogos de futebol do
Santa Clara, um workshop de maquilhagem, uma ida à gala do Arrifes
Kickboxing Clube, uma sessão de cinema e uma aula de yoga solidária para
recolha de bens. “Era
praticamente impossível ser apenas uma missão de Natal, porque a parte
das atividades com as crianças é mesmo a mais gratificante. Costumo
dizer que esta parte de angariação de bens e dos postos de recolha é a
mais complicada e chata. A parte divertida é quando tenho oportunidade
de me divertir com eles”, sublinha. Mariana Pavão realça que a
adesão ao projeto “tem sido incrível, sobretudo da comunidade mais
jovem”, acrescentando que lhe chegam diariamente mensagens de pessoas a
questionar sobre como podem ajudar. “Às vezes, até não consigo dar
resposta a tudo”, admite. “Tem sido muito bom sentir que a
comunidade só precisava de um ponto de contacto para fazer mais
solidariedade e o Gratidão vem precisamente servir de ponte entre a
comunidade e as instituições”, afirma.E prosseguiu: “Este projeto
trouxe propósito à minha vida. É bom sentir que fazemos a diferença e
que obrigamos as pessoas a olharem para dentro de si e verem que temos
tanto”. Para o futuro, “pretendo continuar com o desenvolvimento de
atividades durante todo o ano e espero que para o próximo ano o “Natal
com Gratidão” consiga chegar a mais instituições e a mais crianças”,
conclui.