Recuperando um pouco do que foi a sua atitude aquando da
derrota na primeira volta frente ao Santa Clara (1-2), no Estádio de São
Miguel, o treinador do AVS, Jorge Costa, reagiu com ironia ao novo
resultado desfavorável, obtido em casa, na tarde de sábado, pelos mesmos
números. “Aquilo que me apetece dizer nada tem a ver com o Santa Clara,
que está a fazer um trabalho fantástico, tal como nós [...]. Duas das
melhores equipas, com o melhor árbitro do mundo”, atirou o técnico, numa
clara crítica ao trabalho de Artur Soares Dias.Na análise da
partida, Vasco Matos escusou-se a comentar as declarações do treinador
adversário, e começou por agradecer a presença dos adeptos que, ainda
que em minoria no Estádio do Clube Desportivo das Aves, não arredaram
pé, apesar da chuva que mais para o final do encontro se começou a
agravar. “Tenho de deixar uma palavra aos nossos adeptos, ainda para
mais num dia com bastante chuva. Há que realçar a presença deles”,
salientou. “A segunda palavra vai para os nossos jogadores, que
tiveram grande entrega, enorme entreajuda, união, ingredientes que têm
sido alimentados por todos no clube”, sustentou. “Disse que ia ser
decidido no pormenor e creio que fomos os justos vencedores.
Interpretámos muito bem os momentos do jogo e, com um pouco mais de
critério, podíamos ter feito mais um ou dois golos”, disse Matos.Apesar
da vitória, o técnico dos “encarnados” mantém a opinião de que nada
está decidido até ao final da época. “São três pontos, mas apenas isso.
Claro que saímos reforçados porque vimos buscar três pontos ao campo de
um adversário direto”, atestou.“Não podemos nunca tirar o pé do
acelerador. Os jogos da II Liga são muito difíceis e nesta fase final o
ponto está muito caro”, garantiu, apesar de reconhecer que “é sempre bom
quando os adversários diretos perdem pontos”, casos do Nacional e
Marítimo, terceiro e quarto posicionados, que empataram os respetivos
jogos.