"A maioria das pessoas vê-me com o troféu
levantado e pensa 'voltou a ganhar', mas o meu dia a dia é mais
complicado que isso, sei de onde venho, sei que após a paragem foram
meses muito complicados, coisas que ninguém soube, a nível físico",
disse, depois de derrotar o sérvio Novak Djokovic.Nadal
refere que "custou muito voltar a treinar a nível adequado" e que
"foram muitos meses de trabalho sem recompensa". "Agora que a tenho, é
normal que me emocione", disse.O tenista
espanhol referiu-se a esta vitória como "uma das mais que mais"
saborosas, pelas condições ditadas pela pandemia de covid-19, que
levarem a que o torneio parisiense do Grand Slam fosse atrasado cerca de
cinco meses."O meu corpo responde mal ao
frio e já está algo desgastado, mas a minha atitude foi perfeita, desde o
primeiro treino, sem um gesto ou uma má cara, sempre à procura de
opções de ganhar. E não me falhei a mim mesmo", disse o tenista, minutos
depois de se impor ao adversário sérvio por 6-0, 6-2 e 7-5.Apesar
desses números, referiu que o jogo esteve "equilibrado" e que o seu
adversário teve oportunidades em vários sets. No entanto, admitiu que os
dois primeiros sets foram os melhores que jogou numa final de Roland
Garros."Fiz 'demasiadas' coisas bem e
empurrei-o para cometer erros. Eu fiz tudo perfeito, hoje é mais mérito
meu do que demérito dele, foi uma das melhores finais que joguei em
Roland Garros". disse ainda, acrescentando: "o meu nível foi melhorando
ao longo do torneio e na meia-final estava com as melhores sensações".Sobre
o 20.º torneio do ‘Grand Slam’ conquistado, que iguala o registo do
suíço Roger Federer, defende que não olha a estatísticas, mas que
gostaria de terminar a carreira como o tenista como mais torneios
daquele nível ganhos. "os dois continuamos a jogar, há que ver o que se
vai passar", acrescenta.