Museu em Ponta Delgada destaca que ampliação é projeto "estruturante"
11 de mar. de 2020, 13:18
— Lusa/AO Online
“Este
é um projeto que, para o Museu Carlos Machado, vem resolver um problema
estruturante das suas reservas. A instituição desenvolve a sua
atividade em três núcleos descontínuos e as reservas são fundamentais
para garantirem mais durabilidade às peças, oferecendo as condições
necessárias de conservação preventiva e da sua própria monitorização”,
afirmou à agência Lusa Duarte Melo.As
obras de ampliação da instituição de Ponta Delgada, que em junho
completa 140 anos, estão a preocupar moradores junto ao Museu Carlos
Machado, que temem pela "segurança" das suas habitações e pela
"alteração do jardim centenário".À Lusa, o
diretor do museu destacou as vantagens da obra que permite criar "um
edifício com espaço de reservas" e "requalificar o jardim" que terá
novas acessibilidades, "servindo com qualidade os cidadãos e os
visitantes, pois da maneira como está não se torna um jardim inclusivo".
“Enquanto diretor do museu parece-me
que é de todo legitimo a preocupação dos moradores em relação às suas
habitações. No entanto, na reunião com a comissão de moradores
juntamente com a diretora regional da Cultura, ficou garantido, de forma
clara e inequívoca, que haveria um acompanhamento das próprias casas no
decorrer da intervenção que está a ser feita no jardim”, acrescentou o
responsável.O responsável recordou que
este projeto de ampliação do museu da maior cidade dos Açores “já foi
apresentado há alguns anos", lamentando Duarte Melo que haja “algum
desconhecimento sobre a obra e alguma desinformação pública”. “Para
o Museu Carlos Machado, as reservas são fundamentais, são necessárias.
Não podemos hipotecar o futuro da instituição que tem o dever e a
obrigação, enquanto serviço público, de conservar todo o seu património e
os seus espólios de forma mais adequada”, vincou.