Segundo o porta-voz da ONU,
Stephane Dujarric, António Guterres reiterou o seu apelo aos líderes
mundiais para "pararem a escalada" e "recomeçarem o diálogo".O secretário-geral mantém contactos permanentes com as partes interessadas, acrescentou Dujarric."É
nosso dever comum fazer todos os esforços para evitar uma guerra no
Golfo que o mundo não pode permitir-se", afirmou Guterres.A
tensão entre os Estados Unidos e o Irão voltou a aumentar esta
madrugada, depois de mais de uma dúzia de mísseis iranianos terem sido
lançados contra duas bases iraquianas com tropas norte-americanas, em
Ain al-Assad (oeste) e Erbil (norte).O
ataque foi reivindicado pelos Guardas da Revolução iranianos como uma
“operação de vingança”, em retaliação pela morte do general Qassem
Soleimani, comandante da sua força Al-Quds, na sexta-feira, num ataque
aéreo em Bagdad ordenado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.A
televisão estatal iraniana referiu que aquela operação militar foi
designada “Mártir Soleimani” e que matou “pelo menos 80 militares
norte-americanos”, mas os Estados Unidos não confirmaram a existência de
baixas.O ministro da Defesa Nacional,
João Gomes Cravinho, disse que os militares portugueses no Iraque estão
“fora de qualquer tipo de perigo”, aquartelados a mais de 200
quilómetros dos locais onde caíram os mísseis iranianos. A
autoridade federal norte-americana para a aviação (FAA) proibiu aviões e
pilotos comerciais norte-americanos de voarem sobre áreas do Iraque,
Irão, Golfo Pérsico e Golfo de Omã.Várias
companhias aéreas, como a Lufthansa, Emirates e Malaysia Airlines
suspenderam hoje os voos sobre o Iraque e o Irão ou alteraram rotas para
evitar o espaço aéreo dos dois países.