Mundial de ralis: Ogier na linha da frente com a concorrência a apertar
24 de jan. de 2018, 10:03
— Lusa/AO online
Em
2017, o 'ano 1' após a era hegemónica da Volkswagen, Ogier fez o
'penta' ao volante de um Ford Fiesta, mas sentiu mais do que nunca o
peso dos adversários numa das épocas mais abertas de sempre, com sete
vencedores diferentes em 13 provas e cada construtor a ganhar pelo menos
duas.A nova
temporada promete decorrer nos mesmos moldes, e o gaulês aponta a um
sexto título, mas querendo ser o mais rápido e vencer mais vezes. De
facto, Ogier ganhou apenas em Monte Carlo e em Portugal, mas foi mais
regular, com nove presenças no pódio, o que lhe permitiu conquistar o
título.Para
enfrentar a crescente oposição e responder aos desenvolvimentos das
equipas de fábrica - Toyota, Hyundai e Citroën -, a M-Sport vai ter
maior apoio da Ford, que era uma das condições do francês para continuar
na equipa, ao serviço da qual se mantém também o britânico Elfyn Evans."A
longo prazo, seria difícil repetir o desempenho do ano passado. Para
continuar na luta com os construtores, é preciso ter um bom suporte.
Penso que agora já o temos", disse o piloto de Gap, de 34 anos, citado
pela AFP. Para
contrariar Ogier, a Hyundai apresenta dois fortes candidatos, o belga
Thierry Neuville e norueguês Andreas Mikkelsen, em especial o primeiro,
que foi vice-campeão em 2013, 2016 e 2017, e procura mudar a sua sorte,
depois de ter sido o mais vitorioso no ano passado, com quatro triunfos,
e de ter colecionado 55 melhores tempos em especiais com o i20."O
objetivo é ser campeão. Vamos tentar ser regulares, e, a partir daí, é o
destino que decide. Vai ser uma luta cerrada, somos muitos a poder ser
campeões. O homem a bater continua a ser Sébastien Ogier", afirmou o
belga de 29 anos.Mikkelsen,
um dos 'órfãos' da Volkswagen, é uma semi-incógnita, uma vez que fará
uma época completa depois de um ano errático, em que começou no WRC2,
passou pela Citroën e acabou na Hyundai, conseguindo mesmo um segundo
lugar na Alemanha. Prestes
a iniciar a sua segunda época seguida no Mundial de ralis, depois de
anos de afastamento, a Toyota terá três pilotos a tempo inteiro,
nomeadamente o estónio Ott Tänak, terceiro classificado em 2017 num
Fiesta da M-Sport, que se vê mais capaz de lutar pelo título ao serviço
da concorrência.Com
uma vitória na Suécia e dois segundos lugares, o finlandês Jari-Matti
Latvala foi quarto no ano passado e vai voltar a sentar-se ao volante do
Yaris para lutar pelo título, depois de ter sido 'vice' em 2010, 2014 e
2015. O terceiro piloto, Esapekka Lappi, fará a sua primeira época
completa.A
Citroën, com um orçamento mais restrito para 2018, poderá ter mais
dificuldade em continuar a melhorar o C3. O britânico Kris Meeke e o
irlandês Craig Breen vão cumprir toda a época, enquanto o francês
Sébastien Loeb (nove vezes campeão do mundo, retirado do WRC em 2012),
fará três aparições, no México, na Córsega e na Catalunha.Com
o tradicional arranque em Monte Carlo (25 a 28 de janeiro), o Mundial
terá 13 provas, entre as quais o Rali de Portugal, sexta etapa do
calendário, entre 17 e 20 de maio. O regresso da Turquia, por troca com a
Polónia, é a principal alteração a registar no campeonato, que terá
oito provas em terra.