Em
declarações hoje à agência Lusa, o cabeça de lista por São Miguel e
pelo círculo de compensação do MPT explicou que, após 11 dias de
campanha ‘online’, crê que o partido terá um bom resultado.“Nós
estamos aqui para trabalhar. Como já disse: estamos blindados a
qualquer tráfico de influências e a qualquer tipo de nepotismos que
possa haver e que existem no Açores e somos diferentes das outras
candidaturas”, salientou Pedro Pimenta. De
acordo com o também vice-presidente do partido, os açorianos têm
“acordado para aquilo tem sido o governo nos últimos 24 anos”. “Estar-se
a dar novamente maioria absoluta ao PS acho que é algo que não consigo
idealizar, nem consigo aceitar. Os açorianos sabem dos problemas que os
Açores têm e estar a dar uma nova maioria ao PS, sinceramente, acho
completamente desenquadrado com a realidade e com o sentimento das
pessoas açorianas”, observou. Tendo
realizado a campanha nas redes sociais, o MPT adiantou que ficou “muito
por dizer e muito por contar”, sustentando que ficou muito por passar à
população açoriana.“Foi uma maratona. Mais
complicada para nós que não estivemos a fazer campanha de rua, foi tudo
pelas redes sociais e pelos meios de comunicação social. Estamos em
crer que vamos ter um bom resultado, trabalhámos afincadamente para que
as coisas corressem bem, para passar a nossa mensagem”, disse. Sobre
a sondagem da Universidade Católica para a RTP, em que o MPT fica de
fora de eleger pelo menos um deputado, Pedro Pimenta afirmou que não a
tem “como certa, nem como garantida”, porque não acredita. De acordo com a sondagem, o PS deverá manter a maioria absoluta com 45% das intenções de voto, seguindo-se o PSD com 32%.As eleições para o parlamento açoriano decorrem no próximo domingo.Nas
anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos
votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra
30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do
CDS-PP (quatro mandatos).O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.Nas
eleições regionais açorianas existem nove círculos eleitorais, um por
cada ilha, mais um círculo regional de compensação que reúne os votos
que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos
de ilha.O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.