Arte
Mostra LabJovem divulga produção artística açoriana
Com o objectivo de divulgar os novos valores artísticos dos Açores, a associação Burra de Milho, com o apoio da Direcção Regional da Juventude, vai levar a várias ilhas da Região, numa mostra itinerante, os trabalhos seleccionados no âmbito do concurso LabJovem.

Autor: João Cordeiro
Estão em exposição a partir de hoje no Teatro Micaelense os trabalhos de jovens criadores dos Açores, nas áreas das artes plásticas, fotografia, ilustração e design gráfico, seleccionados para fazer parte da mostra LabJovem, que vai percorrer várias ilhas da Região entre Agosto e Dezembro. Para além da exposição, a mostra LabJovem inclui ainda a apresentação de trabalhos nas áreas de performance, música, vídeo, e literatura.
Os vencedores de cada uma das nove áreas do concurso, que procura incentivar e promover jovens criadores de várias áreas artísticas, servindo de plataforma a uma nova gerações de artistas açorianos, vão usufruir de uma bolsa de estudo destinada a uma formação de curta duração em universidades estrangeiras.
Paulo Freitas, vencedor na categoria de performance com o trabalho “O teu corpo começa”, salienta a importância da iniciativa, quer para os novos artistas, uma vez que permite dar a conhecer trabalho desenvolvido, proporcionando um “enriquecimento pessoal com a troca de experiências entre os vários artistas”, que ajuda ao crescimento, assim como para o público, “porque a cultura faz evoluir”.
Com textos de poesia escritos há alguns anos, mas com uma abordagem mais actual, Daniel Gonçalves, de Santa Maria, foi o artista vencedor na área da literatura, e embora já tenha arrecadado outros prémios importantes, “este tem um sabor especial, porque é um reconhecimento regional”.
O trabalho de Cátia Guimarães, que ganhou o concurso na área das artes plásticas, consiste em dar “nova função, vida, e história” a objectos do quotidiano que estão degradados.
Com um filme sobre guerra e vingança, Luís Bicudo, que em parceria com Tiago Gonçalves arrecadou o primeiro prémio na categoria de vídeo, refere o facto de estarem a surgir bastantes jovens criadores em diferentes áreas artísticas na Região e salienta a importância deste tipo de iniciativas, que dão a conhecer às pessoas a arte que se faz nos Açores.
Soraia Bettencourt, recentemente licenciada em Tecnologias de Comunicação Audiovisual, arrecadou o primeiro prémio de fotografia com o trabalho “Essências”. A jovem, que pretende seguir carreira nesta área, considera o concurso importante como rampa de lançamento de novos artistas.
O júri da categoria de música premiou a banda micaelense Morpheaden, constituída por Emanuel Paquete, Miguel Bernardo e Gualter Couto, que pretende, num futuro próximo, gravar o seu primeiro álbum de originais.
Maria Simões e Teresa Gentil, do grupo de teatro Descalças, venceram, com o projecto “Menina Azul”, a categoria de teatro. Sendo profissional das artes, Maria Simões considera que este prémio vem consolidar e reforçar a opção por esta vida profissional.
Raquel Fernandes estará representada na mostra com o trabalho vencedor na área do design gráfico - “Tiposonoridade” -, que de uma forma experimental, explora a união da tipografia com o som, “aparentemente opostos”.