Morreu Albino Aroso, conhecido como o "pai" do planeamento familiar

26 de dez. de 2013, 17:15 — Lusa/AO online

Nascido em Vila do Conde, a 22 de fevereiro de 1923, Albino Aroso era professor associado jubilado de Ginecologia no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto. No Portal do Ministério da Saúde, Albino Aroso é apontado como autor de uma intensa atividade e como tendo “prestado enormes contributos à coletividade nacional e deixando o seu nome inscrito na história da saúde em Portugal”. Albino Aroso foi um dos 65 médicos de todo o mundo que a Associação Médica Mundial escolheu para figurar na lista de clínicos mais dedicados a causas públicas no campo da saúde. Em 2006, Albino Aroso recebeu o primeiro Prémio Nacional de Saúde pelos seus “contributos inequívocos, prestados no decurso do seu longo desempenho profissional”. O Ministério da Saúde considera que Portugal deve a Albino Aroso “um enorme contributo público na obtenção de ganhos de saúde, que levou Portugal a colocar-se entre os cinco países do mundo com mais baixa taxa de mortalidade materno-infantil, à frente de países como a Inglaterra, França e Estados Unidos da América”. Em 1989, como secretário de Estado da Saúde e como responsável pela Comissão Nacional de Saúde Materna e Neonatal, “Albino Aroso estabeleceu as bases que permitiram atingir esta notável posição”. “Albino Aroso assumiu a nível nacional a liderança de opinião a favor do desenvolvimento do planeamento familiar, por estar consciente de que só por essa via Portugal poderia aspirar a uma efetiva política de saúde familiar integrada e integradora”, lê-se no Portal da Saúde.