Autor: Lusa/AO online
Cyra, historiador do museu de Auschwitz-Birkenau, disse que Dobrowolski morreu na cidade de Debno, no noroeste da Polónia.
Professor primário, Dobrowolski manteve aulas secretas durante a ocupação nazi da Polónia, na Segunda Guerra Mundial, quando os nazis proibiram a população local de ir à escola.
Preso em 1942 pela Gestapo, a polícia secreta nazi, Dobrowolski foi enviado para o campo da morte de Auschwitz, em território polaco então anexado pela Alemanha.
Os nazis transferiram depois Antoni Dobrowolski para os campos de Gross Rosen e Sachsenhausen, ambos na Alemanha.
O professor sobreviveu até à libertação do campo de Sachsenhausen, pelas forças soviéticas e polacas, em 1945.
De regresso à Polónia após a guerra, Dobrowolski dirigiu primeiro uma escola primária em Debno e, depois, uma escola secundária.
Auschwitz-Birkenau é um dos mais duradouros e fortes símbolos do Holocausto e da campanha de genocídio contra os judeus da Europa, por parte dos alemães, na Segunda Guerra Mundial.
Após o fim da guerra, em 1945, as autoridades polacas transformaram o campo de extermínio num museu e memorial.
Um ano depois de invadirem a Polónia em 1939, os nazis abriram o que viria a ser, mais tarde, um vasto complexo a sul da cidade de Oswiecim (Auschwitz em alemão), inicialmente para prender e matar prisioneiros polacos, como Dobrowolski.
Mais tarde, o campo cresceu até à vizinha aldeia de Brzezinka, ou Birkenau, quando a Alemanha nazi expandiu o Holocausto a uma escala industrial.
Dos seis milhões de judeus mortos pelos nazis durante a guerra, um milhão foi assassinado no campo, principalmente em câmaras de gás, junto com dezenas de milhares de outras pessoas, incluindo polacos, ciganos e prisioneiros de guerra soviéticos.