Montenegro responde a Pedro Nuno e diz que quer "valorizar o trabalho" sem "tirar nada a ninguém"

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3 de mar. de 2024, 03:18 — Lusa /AO Online

"Nós queremos valorizar o trabalho. O que está mal não é aquilo que as pessoas recebem porque estão em dificuldade, o que está mal é aquilo que as pessoas recebem fruto do seu trabalho", declarou Luís Montenegro, num almoço comício da Aliança Democrática (AD) na Trofa, no distrito do Porto."Não percebem isto, isto é o básico de uma sociedade justa, de uma sociedade forte, de uma sociedade que quer crescer", acrescentou.O presidente do PSD fez questão de responder ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que na sexta-feira o desafiou a esclarecer se quer cortar o subsídio de desemprego, por considerar que está em causa um princípio "que faz toda a diferença" entre os dois."Quando eu digo que quem trabalha não deve ter um rendimento inferior a quem não trabalha eu não estou a pensar em quem recebe subsídio de desemprego, por uma razão simples: é que só recebe subsídio de desemprego quem trabalha. Portanto, é preciso saber como é que as coisas funcionam", começou por responder.Depois, o presidente do PSD afirmou que a defesa desse princípio "não visa retirar nada a ninguém", incluindo "quem está numa situação difícil, vulnerável e recebe uma prestação social", e salientou uma proposta que consta do programa da AD, no seu entender pouco destacada, de criação de um Suplemento Remunerativo Solidário.Com esta medida, "se houver alguém que esteja em casa a receber prestações sociais e a seguir for iniciar uma vida profissional", ficará assegurado "que não vai ganhar um cêntimo a menos", referiu.Segundo Luís Montenegro, a coligação PSD/CDS-PP/PPM defende assim "o princípio de valorizar o trabalho, o esforço, o mérito, o desempenho"."E é também por isso que nós propomos a isenção de contribuições e impostos dos prémios de desempenho até ao limite de um vencimento mensal. E isto vale para o setor privado e também vale para o setor público", realçou.