Montenegro pede que se acredite em Portugal na inauguração de variante à EN14
14 de jul. de 2024, 19:28
— Lusa
Dirigindo-se
a autarcas e ex-autarcas, representantes de empresas e a muitos
populares que quiseram assistir à inauguração, Luís Montenegro começou
por falar da importância desta obra para a região para depois apelar a
que não se desperdicem oportunidades.“Estes
são investimentos merecidos e que retribuem aquilo que aqui se cria ao
nível da riqueza. São também uma oportunidade que não pode ser
desperdiçada. Vale a pena continuar a acreditar em Portugal. Vale a pena
continuar a acreditar que com mais e melhores vias de comunicação e
mais e melhores empresas e mais articulação entre transportes, temos
todas as razões para atrair investimentos e criar ainda mais escala na
economia portuguesa”, disse o primeiro-ministro.A
construção da variante foi conhecida em 01 de junho de 2022 quando o
então Governo do PS declarou de "imprescindível utilidade pública" a
construção da variante à EN 14, entre a Via Diagonal, na Maia, e o
Interface Rodoferroviário da Trofa.Mas o
projeto original, que inclui outras fases e a ligação a Vila Nova de
Famalicão, no distrito de Braga, tem já três décadas e foi sendo adiado
ou alterado de Governo em Governo.“Esta
obra, como todos os segmentos da requalificação das variantes à EN14,
tem barbas. Em bom rigor ainda nem havia Trofa, em bom rigor a
beneficiação da EN14 ainda vem do tempo em que grande parte do
território da Trofa estava integrada no concelho de Santo Tirso”, disse
Luís Montenegro.Com um investimento de 32
milhões de euros, a variante hoje inaugurada conta com quatro viadutos e
uma ponte, numa extensão de 2.000 metros, mais quatro passagens
superiores, uma delas pedonal, e duas passagens agrícolas.A
nova ligação entre os concelhos da Trofa e da Maia, ambos do distrito
do Porto, corresponde a um troço com cerca de 10 quilómetros, com um
perfil transversal tipo 1x1 vias, iniciando-se no nó com a Via Diagonal,
já construído na primeira fase, e terminando na Rotunda da Interface
Rodoferroviário da Trofa já existente.Referindo
que conhece este “assunto com muito detalhe” dadas as suas funções
anteriores como deputado na Assembleia da República e porque foi
acompanhando a “frustração e desilusão” da população com a demora na
concretização da obra, Montenegro disse que “de uma assentada” com esta
variante se resolvem vários problemas.“Tirar
trânsito rodoviário dos centros nevrálgicos dos concelhos. As vias de
comunicação atuais estão absolutamente esgotadas neste perímetro (…) e
evitar o atravessamento das zonas mais densas habitacionais por
transportes, nomeadamente de mercadorias, que são fatores de poluição e
geram muitos problemas de manutenção das estradas”, descreveu.O
primeiro-ministro descreveu a região como “uma das zonas mais dinâmicas
do país”, lembrando a “localização única” graças, enumerou, “às
autoestradas A3, A7, A41 e A28 e aos equipamentos aeroportuários, em
particular o aeroporto Francisco Sá Carneiro e o porto de Leixões”.“Quando
decidimos, neste Governo, a localização do novo aeroporto de Lisboa,
fizemos questão de dizer que aquele investimento que é crucial para o
futuro do país era acompanhado pela valorização dos outros equipamentos
aeroportuários em destaque especial o aeroporto Francisco Sá Carneiro
que tem um potencial ainda muito grande por explorar”, afirmou.A
cerimónia começou com as intervenções dos presidentes das Câmaras
Municipais da Trofa e da Maia, Sérgio Humberto e António Silva Tiago,
que recordaram “o atraso de 30 anos” de uma obra “muito ansiada” e de
muita “importância para a população e para as empresas”.Depois
de uma viagem inaugural feita em autocarro e reservada à comitiva e à
comunicação social, a nova variante foi hoje aberta ao trânsito.Em
informação enviada à agência Lusa na sexta-feira, a Infraestruturas de
Portugal (IP) apontou que esta empreitada faz parte do conjunto de sete
obras já lançadas pela IP no âmbito do Plano de Recuperação e
Resiliência (PRR) que, no total, correspondem a um investimento de 63
milhões de euros.