Montenegro diz que “não é tempo de abrir crise política” e que Medina “é peso morto”
Governo
2 de jan. de 2023, 18:41
— Lusa/AO Online
Luís
Montenegro, que falava aos jornalistas no final da reunião da Comissão
Permanente do PSD, na sede nacional do partido, classificou ainda o
ministro das Finanças, Fernando Medina, como “um peso morto” no Governo.“Se
eu fosse primeiro-ministro e tivesse um ministro das Finanças que
tivesse este comportamento, sairia do Governo, o que o primeiro-ministro
vai fazer é manter um peso morto no Governo, está desprovido de
autoridade”, criticou.Questionado como
votará o PSD a moção de censura ao Governo apresentada pela Iniciativa
Liberal, Luís Montenegro remeteu para terça-feira o anúncio da posição
do partido, revelando que vai reunir a Comissão Política, ao início da
tarde, e que participará na reunião do grupo parlamentar, ao final do
dia.Apesar de fazer um diagnóstico muito
crítico do Governo liderado por António Costa – que disse normalizar “um
padrão de meias verdades e meias mentiras” -, o presidente do PSD disse
concordar com o Presidente da República, que já excluiu a possibilidade
de eleições antecipadas.“Estamos
totalmente de acordo, este não é tempo para abrirmos uma crise política
em cima de uma crise social que atinge fortemente empresas e famílias”,
disse.Luís Montenegro assegurou que o PSD
“não tem pressa de ir para o Governo”, mas avisou que “o país tem pressa
de ter um bom Governo”.“Os portugueses
não querem e não gostam de interrupções de legislatura, mas se essa hora
chegar estaremos preparados e não faltaremos a Portugal”, assegurou.O
primeiro-ministro, António Costa, propôs hoje os atuais secretários de
Estados João Galamba e Marina Gonçalves, respetivamente para as funções
de ministro das Infraestruturas e de ministra da Habitação.Pedro
Nuno Santos demitiu-se das funções de ministro das Infraestruturas e da
Habitação na passada quarta-feira à noite para “assumir a
responsabilidade política” do caso da indemnização de 500 mil euros paga
pela TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis.A
demissão de Pedro Nuno Santos foi a terceira ocorrida no Governo na
última semana de dezembro e a 11.ª a atingir um membro do executivo
socialista de maioria absoluta.