Autor: Lusa
“Se são necessários esclarecimentos com mais detalhe, dentro da medida do possível, nós daremos, mas não há, quanto a isso, nenhum procedimento anómalo, nem há, sinceramente, nenhum motivo de preocupação com aquilo que é o normal funcionamento desta parceria [com os Estados Unidos]”, disse Luís Montenegro, falando aos jornalistas portugueses à margem da cimeira da NATO, na cidade holandesa de Haia.
O chefe de Governo respondia às declarações do embaixador do Irão em Lisboa, Majid Tafreshi, que afirmou à Rádio Renascença que iria questionar o Governo português sobre a neutralidade portuguesa e sobre a utilização norte-americana da base militar nos Açores.
"Se alguém participa numa qualquer guerra, por qualquer motivo, é parte dessa agressão", salientou o diplomata iraniano.
Hoje, Luís Montenegro reiterou a informação da tutela, de que “o facto de a Base das Lajes ter sido utilizada por aeronaves de reabastecimento dos Estados Unidos da América decorreu com total normalidade, com informação prévia e no cumprimento do acordo que nós temos e que está em vigor com os Estados Unidos da América”.
“Nós ainda não recebemos esse pedido de esclarecimentos adicionais eventuais por parte do senhor embaixador do Irão, mas nós já demos esclarecimentos públicos”, disse ainda.
O Governo português confirmou no domingo a autorização para que 12 aviões reabastecedores dos EUA utilizassem a Base Aérea das Lajes, nos Açores, no contexto de um acordo de cooperação datado dos anos 1990.
Segundo
o Ministério da Defesa, trata-se de um procedimento habitual, com
notificações feitas normalmente com 72 horas de antecedência, e que os
aparelhos são apenas de apoio logístico, sem fins ofensivos.