Moniz pede combate mais eficaz às drogas sintéticas

15 de nov. de 2024, 10:56 — Ana Carvalho Melo

Paulo Moniz, que falava numa interpelação sobre o flagelo das drogas sintéticas à Diretora de Segurança Interna da União Europeia, no Grupo de Controlo Parlamentar Conjunto sobre a Europol, apontou a gravidade do problema, questionando sobre a utilização “do combate ao cibercrime, nomeadamente àquilo que circula na chamada ‘dark web’, para impedir a comercialização das substâncias que são utilizadas na produção das drogas sintéticas”.“Devo alertar que um dos mais graves problemas que temos é a incapacidade de atualizar com rapidez e dinâmica as substâncias consideradas crime na execução e na manufatura das drogas sintéticas”, afirmou, citado em nota enviada à comunicação social.Neste contexto, o deputado defendeu ser “fundamental que a Europol dê um passo em frente no combate ao cibercrime e ao comércio através da base da internet, que tem tido uma ação particularmente gravosa no caso de ilhas como os Açores, onde, por diversos meios marítimos e outros, estes compostos para drogas sintéticas chegam”.“São substâncias que, num meio pequeno, causam um grande estrago social”, sendo mesmo “uma enorme calamidade, que só com o controlo na origem, só com o combate ao que se passa na internet, de forma eficaz e um passo à frente do tráfico, se poderá conseguir debelar aquela que é uma enorme ameaça e um problema social grave”, insistiu.Em resposta ao social-democrata, Floriana Sipala, diretora de Segurança Interna da União Europeia, afirmou que “esta é uma questão muito preocupante”, pois as drogas sintéticas “são comercializadas a nível global, mas afetam em particular, e gravemente, certas comunidades locais”.A responsável considerou ainda que seria importante “um sistema de alerta precoce para conseguirmos detetar, numa fase mais inicial, a introdução de novas substâncias que importa proibir”.