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Moniz pede combate mais eficaz às drogas sintéticas

O deputado do PSD/Açores à Assembleia da República, Paulo Moniz, defendeu “um combate mais abrangente e eficaz ao flagelo das drogas sintéticas, globalmente, mas também em Portugal e nos Açores”


Autor: Ana Carvalho Melo

Paulo Moniz, que falava numa interpelação sobre o flagelo das drogas sintéticas à Diretora de Segurança Interna da União Europeia, no Grupo de Controlo Parlamentar Conjunto sobre a Europol, apontou a gravidade do problema, questionando sobre a utilização “do combate ao cibercrime, nomeadamente àquilo que circula na chamada ‘dark web’, para impedir a comercialização das substâncias que são utilizadas na produção das drogas sintéticas”.

“Devo alertar que um dos mais graves problemas que temos é a incapacidade de atualizar com rapidez e dinâmica as substâncias consideradas crime na execução e na manufatura das drogas sintéticas”, afirmou, citado em nota enviada à comunicação social.

Neste contexto, o deputado defendeu ser “fundamental que a Europol dê um passo em frente no combate ao cibercrime e ao comércio através da base da internet, que tem tido uma ação particularmente gravosa no caso de ilhas como os Açores, onde, por diversos meios marítimos e outros, estes compostos para drogas sintéticas chegam”.

“São substâncias que, num meio pequeno, causam um grande estrago social”, sendo mesmo “uma enorme calamidade, que só com o controlo na origem, só com o combate ao que se passa na internet, de forma eficaz e um passo à frente do tráfico, se poderá conseguir debelar aquela que é uma enorme ameaça e um problema social grave”, insistiu.

Em resposta ao social-democrata, Floriana Sipala, diretora de Segurança Interna da União Europeia, afirmou que “esta é uma questão muito preocupante”, pois as drogas sintéticas “são comercializadas a nível global, mas afetam em particular, e gravemente, certas comunidades locais”.

A responsável considerou ainda que seria importante “um sistema de alerta precoce para conseguirmos detetar, numa fase mais inicial, a introdução de novas substâncias que importa proibir”.