Mónica Seidi garante que apoio a doentes deslocados funciona sem constrangimentos
6 de out. de 2023, 17:38
— Lusa
“O SADD deixou de ter coordenação desde
janeiro desde ano. A antiga coordenadora deixou o cargo a seu pedido,
mas o serviço continua a funcionar, na medida em que há outros recursos
humanos da área psicossocial e administrativa que têm estado a assegurar
o serviço e não tem havido constrangimentos de maior pela ausência da
coordenação”, referiu a titular da pasta da Saúde, Mónica Seidi, numa
reação enviada à Lusa.O PS/Açores
questionou Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) sobre o funcionamento do
Serviço de Apoio ao Doente Deslocado (SADD), em Lisboa, alegando que a
valência estava “sem coordenação e sem viatura” para o transporte dos
utentes.“O Governo Regional tem de
explicar há quanto tempo o SADD se encontra sem coordenação e porquê. E,
já agora, quem é que está a assegurar a gestão deste serviço”, afirmou o
deputado socialista Tiago Lopes, citado numa nota de imprensa do
partido, enviada hoje.Em reação às
críticas da oposição, Mónica Seidi reconheceu que a situação “tem de ser
resolvida”, mas frisou que “tem havido uma estreita colaboração com a
própria direção regional da Saúde”, que tem articulado os assuntos de
“maior importância”.“O serviço não foi
deixado ao abandono. De momento, não há a função de coordenadora, mas o
serviço continua a funcionar e os doentes deslocados não têm de sofrer
constrangimentos por causa desta ausência de coordenação, porque a
direção regional tem estado presente e a dar todo o apoio”, adiantou.Segundo
a titular da pasta da Saúde, a direção regional da Saúde deslocou-se a
Lisboa nos meses de julho e agosto para “perceber os constrangimentos e
estudar eventuais soluções, que poderão passar por uma reestruturação do
serviço”.Quanto à viatura, foi adquirida
em março de 2022 para transporte de doentes não urgentes, mas
necessitava de ser “licenciada pelo INEM [Instituto Nacional de
Emergência Médica]”.Mónica Seidi
salientou, no entanto, que “da forma como foi regulamentada só poderia
mesmo transportar doentes, prejudicando o serviço que é feito também
para trabalho externo pelos próprios funcionários”.“Procedemos
à intenção de cancelar o alvará solicitado para este tipo de
funcionamento e alterar a tipologia da viatura, retirando a
identificação existente, para que para além do transporte possa
eventualmente também servir para o trabalho que diariamente os
funcionários do serviço muitas vezes fazem com visitas aos doentes
deslocados”, explicou.A governante revelou
ainda que, na deslocação mais recente a Lisboa, a direção regional da
Saúde esteve em contacto com várias entidades para melhorar o acesso a
alojamento dos doentes deslocados dos Açores.“Houve
a preocupação de procurar entidades que possam realizar protocolos com a
região, nomeadamente a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ou a casa
de acolhimento Porto Seguro, numa tentativa de reforçar todo o apoio que
é dado aos doentes deslocados”, adiantou.Na
terça-feira, o Bloco de Esquerda/Açores alertou para as dificuldades
dos doentes deslocados em Lisboa em pagar um alojamento, questionado o
executivo, em requerimento, sobre quando será encontrada uma solução.“Quando
estas pessoas procuram assistência social é-lhes dada uma lista com
residenciais, ‘hostels’ e hotéis, cujos preços são muito elevados.
Muitas vezes estas pessoas acabam por se ver obrigadas a optar por uma
alimentação de baixo valor nutricional, de forma a fazer frente às
dificuldades económicas”, salientou o BE.