Modernização do Hospital de Ponta Delgada não é obra de curto prazo
8 de out. de 2024, 16:29
— Lusa/AO Online
“Temos
uma equipa que está a fazer o estudo da funcionalidade. Vamos ter plano
de funcionalização e fazer isso em progresso. A razão da aposta
modular, que foi uma opção clínica, faz todo sentido porque essa
transição não é de curto prazo, é de médio de prazo”, afirmou José
Manuel Bolieiro, quando questionado pela requalificação do Hospital de
Ponta Delgada.Por isso, continuou, existem
“ótimas condições com a opção modular e os equipamentos para fazer bem
um plano de funcionalização que modernize o hospital e que até possa ser
transformado”, como o executivo pretende, “num centro tecnológico
universitário de saúde”.O líder do
executivo dos Açores falava aos jornalistas em Ponta
Delgada, à margem de uma reunião da comissão de concertação social do
Conselho Económico e Social da região.O
Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, o maior dos
Açores, foi afetado por um incêndio no dia 04 de maio, que obrigou à
transferência de todos os doentes internados para outras unidades de
saúde, incluindo para fora da região.Os prejuízos na infraestrutura, que está a retomar a atividade de forma gradual, foram estimados em 24 milhões de euros.Em
julho, o presidente do Governo dos Açores afirmou que o hospital
modular, orçado em 12 milhões de euros, vai garantir uma transição de
“excelência” até à requalificação do HDES, tratando-se de uma “solução
técnica” antes de ser uma opção política.Esta terça-feira, quando questionado, José Manuel Bolieiro disse não existir qualquer atraso nas datas previstas para o hospital modular. “Em
primeiro lugar está a saúde dos nossos utentes. Nesta matéria não é o
calendário que precede, é sim o cuidado e a segurança no tratamento de
saúde das pessoas”, garantiu.A 03 de setembro, o Governo Regional prometeu que a infraestrutura modular ficará totalmente operacional até ao final do ano.Nas
declarações de hoje aos jornalistas, o presidente do Governo dos Açores
voltou a elogiar o trabalho dos profissionais que evitaram o “colapso”
do Serviço Regional de Saúde, apesar do incêndio no maior hospital do
arquipélago.“Não houve colapso nenhum. É
claro que há perturbações, mas as perturbações perante a gravidade do
incidente foram menorizadas. Estou muito satisfeito e muito grato. Em
nome do povo e dos utentes a minha gratidão a todos os que
contribuíram para o sucesso”, insistiu.José
Manuel Bolieiro justificou ainda a escolha de Paula Macedo para
presidente do HDES com a necessidade existir um “perfil clínico” na
liderança da unidade.“De acordo com a
doutora Paula Macedo, depois da sua audição no parlamento, faremos a
composição do conselho de administração, que terá com certeza novidades e
eventualmente manutenções no quadro da representação clínica em
particular”, assinalou.A diretora clínica
do HDES de Ponta Delgada, Paula Macedo, foi indigitada como nova
presidente da unidade de saúde na segunda-feira.Paula
Macedo é licenciada em Medicina pela Universidade de Lisboa, assistente
graduada sénior de Medicina Interna e assumiu as funções de diretora
clínica do HDES em março de 2023.