Moção de censura ao Governo do Chega com debate confirmado para 4.ª feira
5 de jul. de 2022, 11:46
— Lusa/AO Online
Uma
vez que o Chega apresentou a moção de censura na sexta-feira, os três
dias previstos no Regimento da Assembleia da República cumpriam-se na
quarta-feira.“Nesse sentido, a moção de
censura teria de ser agendada para o dia de amanhã [quarta-feira], o que
aconteceu”, confirmou a porta-voz da conferência de líderes, a deputada
do PS Maria da Luz Rosinha.A conferência de líderes ajustou ainda os trabalhos parlamentares dos próximos três dias.Assim,
na quarta-feira será debatida e votada a moção de censura do Chega,
passando para quinta-feira a interpelação do PCP sobre política geral
(“centrada nas soluções para a defesa do poder de compra e das condições
de vida do povo, travando o aumento de preços e assegurando o aumento
dos salários e pensões”).Na quinta-feira, cai o debate de atualidade pedido pelo Chega sobre a salvaguarda dos direitos das crianças.Já
o debate da proposta de lei do Governo sobre a ‘Agenda para o Trabalho
Digno’ e de todos os diplomas dos partidos sobre legislação laboral,
cuja discussão estava marcada para quinta-feira, passará para
sexta-feira.Na sexta-feira, o líder do
Chega, André Ventura, anunciou a apresentação de uma moção de censura ao
Governo, uma iniciativa que está à partida chumbada dado que o PS
dispõe da maioria absoluta dos deputados na Assembleia da República.De
acordo com o Regimento da Assembleia da República, o debate da moção de
censura inicia-se “no terceiro dia parlamentar subsequente à
apresentação da moção de censura”.De
acordo com o Regimento, o debate é aberto e encerrado pelo primeiro dos
signatários da moção e o primeiro-ministro tem o direito de intervir
imediatamente após e antes destas intervenções dos proponentes.Encerrado o debate, se requerido por qualquer grupo parlamentar, procede-se à votação.“A
moção de censura só se considera aprovada quando tiver obtido os votos
da maioria absoluta dos Deputados em efetividade de funções. Se a moção
de censura não for aprovada, os seus signatários não poderão apresentar
outra durante a mesma sessão legislativa”, refere ainda o texto.A aprovação de uma moção de censura tem como consequência a demissão do Governo, cenário que não se coloca neste caso.