Mobilidade dos açorianos e acessibilidades da região são condição de progresso
3 de jul. de 2019, 11:31
— Lusa/AO Online
No
arranque de uma interpelação ao Governo Regional sobre transportes e
acessibilidades, que hoje decorre na Assembleia Legislativa dos Açores, o
líder dos centristas na região, Artur Lima, realçou que está em causa
"o superior interesse" das populações "que se veem constrangidas a viver
com a supressão e a degradação das respostas que a administração
pública regional deve conferir às suas necessidades coletivas"."Defendemos
e afirmamos um novo paradigma de políticas públicas de transportes que
contribuam para uma efetiva coesão social e económica das nossas ilhas e
garantam um efetivo direito à mobilidade dos açorianos", vincou o
parlamentar do CDS. Acrescentando que o
executivo regional, do PS, "tem de responder pelas suas políticas",
Artur Lima advoga que "os açorianos sabem que esta governação socialista
falhou nas políticas públicas de transportes e legitimou modelos de
gestão e de operação que conduziram ao descalabro financeiro do setor e
empurraram o grupo SATA para a situação de falência técnica".E
acrescentou: "De facto, a governação socialista em matéria de
transportes e acessibilidades é sistematicamente ultrapassada pela
dinâmica dos acontecimentos e não consegue mais do que responder, em
contingência, a cada novo caso de inoperacionalidade e constrangimento,
sendo disso exemplo a evidente falta de planeamento atempado da operação
marítima sazonal para este ano".Os
centristas dizem ainda não aceitar que haja açorianos que "não conseguem
ter voos disponíveis para consultas e exames médicos agendados" e
lamentam ainda a "contínua supressão de lugares disponíveis nos voos
inter-ilhas e os sucessivos cancelamentos das ligações ao continente", o
que "limita a mobilidade dos açorianos e condiciona a necessária
circulação de pessoas e bens que o desenvolvimento exige".Artur
Lima questionou ainda o Governo Regional sobre o anunciado novo
processo de privatização parcial da Azores Airlines - empresa do grupo
SATA que opera para fora do arquipélago -, procurando saber "qual o seu
horizonte temporal de concretização"."É
tempo de o Governo [Regional] responder. Está em causa o direito à
mobilidade de todos os açorianos. Está em causa o desenvolvimento
económico e social das nossas ilhas e da nossa região", concretizou o
centrista.