MNE garante ser falso que Portugal e Lisboa tenham turistas a mais
16 de nov. de 2017, 12:38
— Lusa/AO online
“É
falso que haja turistas a mais no país. É falso que haja turistas a
mais em Lisboa. É falso que haja turistas a mais no centro de Lisboa”,
sublinhou o chefe da diplomacia nacional, que recusa ainda que o Turismo
“seja uma ameaça para que dimensão for”.Santos
Silva afirmou ainda a “obrigação de explorar” a margem de crescimento
que o setor ainda tem, apesar dos recordes registados, até para que
“continue e se expanda” o crescimento económico e do emprego.“É
errado. É falso que haja turistas a mais e, do ponto de vista político,
seria um disparate absoluto dizê-lo. É preciso ser franco”, afirmou
ainda o ministro, acrescentando que tem usado “palavras duras quando é
necessário”.Em
termos de Turismo, Portugal “já está na linha da frente, mas pode sê-lo
ainda mais”, garantiu Santos Silva, argumentando que essa posição não
tem por base apenas razões circunstanciais, como o “efeito de moda”, ser
um “oásis de paz e segurança” em comparação com outros “ambientes
extremamente turbulento” e a “estabilidade e resiliência social”.As
razões circunstanciais “estão muito longe de explicar o essencial da
expansão recente e há uma razão estrutural, que é característica da
nossa sociedade: a nossa maneira de ser”, defendeu o ministro, que
elencou o traço nacional de “abertura ao outro e o cosmopolismo”.A
“capacidade histórica de relacionamento transversal” dos portugueses é
expressa e potenciada pelo Turismo, afirmou o ministro, que recordou
ainda a “riqueza de recursos naturais e culturais”, além dos recursos
humanos de Portugal.Mas
o país deve ainda continuar a “oferecer novos produtos”, em termos de
“vivências, experiências e relação de convivência”, indicou.Neste
congresso organizado pela Associação de Hotelaria de Portugal, a
secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, garantiu, por seu
lado, que se “está longíssimo da sobrecarga” de turistas e que situações
pontuais “têm sido dirimidas”.A
antecipação, nomeadamente com o recente lançamento do programa de
sustentabilidade de Turismo, foi recordada pela governante, que notou
que “em vez de chorar, se está a agir na prevenção” e a solicitar também
a ação da sociedade civil.