MNE do Brasil defende fortalecimento das instituições do Mercosul
8 de jul. de 2024, 10:51
— Lusa/AO Online
"Devemos
trabalhar de forma constante e construtiva para fortalecer e não
diminuir as instituições", disse Mauro Vieira na reunião de ministros do
Mercosul, durante a qual a sua homóloga da argentina, Diana Mondino,
pediu um uso mais eficiente dos recursos porque "não há dinheiro".O
ministro brasileiro deixou clara a importância que dá a entidades como o
Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos e o Instituto
Social do Mercosul, num momento de tensão entre o seu governo e o
Presidente argentino, Javier Milei, que decidiu não participar na
cimeira do bloco, e em vez disso ir a um encontro da extrema-direita que
decorre no sul do Brasil.Além disso, o
ministro brasileiro pediu aos demais membros do Mercosul, que inclui
Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia, que eliminem os impostos
de importação sobre os setores automóvel e do açúcar, dois pilares da
economia brasileira."Precisamos de
harmonizar e melhorar os progressos que fizemos nos diferentes acordos
bilaterais, de modo a integrá-los plenamente na nossa união aduaneira",
defendeu.Em relação aos acordos comerciais
com países terceiros, Mauro Vieira apoiou a continuação das negociações
para um acordo com a União Europeia, apesar do ceticismo do seu
homólogo paraguaio, Rubén Ramírez, que criticou a falta de progressos.O
ministro dos Negócios Estrangeiros brasileiro assegurou que o objetivo
do seu Governo continua a ser chegar a um acordo "ambicioso e
equilibrado" e que espera que "nos próximos meses" sejam feitos os
"progressos necessários" para a conclusão do tratado, que é negociado há
mais de duas décadas.A reunião de
ministros antecede a Cimeira de Chefes de Estado do Mercosul e Estados
Associados marcada para hoje em Assunção, no Paraguai.