Missão cumprida! Há mais 700 plantas a reflorestar Santa Cruz
Flores
2 de dez. de 2017, 18:00
— Miguel B. Mota / Nuno Martins Neves
A
Choki, recorde-se, é uma associação não-governamental que nasceu
no remoto país asiático, Butão. Há pouco mais de um ano instalada
na ilha ‘amarela’, vai honrando o compromisso de alertar a Região
para a importância de articular a aposta no turismo com uma
estratégia assente no desenvolvimento sustentável.
Tendo
escolhido a ilha das Flores como epicentro para essa ação, o
projeto de reflorestação do Parque Industrial de Santa Cruz foi só
mais um exemplo de como a Choki está realmente investida em cuidar
do “museu natural” dos Açores e afastá-lo da “economia
primitiva do cimento e da vaca”, como disse Casey Hartnett a este
jornal, em outubro último.
Na
altura, Casey, um dos elementos que compõe a associação, dava
conta das iniciativas levadas a cabo nas Flores; sinalizou o outdoor
colocado à saída do aeroporto com a frase ‘A natureza não é um
lugar para visitar, é a nossa casa’, bem como os quinze murais de
Morgan Brica, a reputada muralista – que a convite - pintou para a
posteridade os pássaros endógenos daquela ilha.
Hoje,
o renovado motivo de orgulho para a Choki encontra razões na
valorização estética imprimida no parque industrial de Santa
Cruz - que, por força da dedicação de vários agentes, está agora
reflorestado.
Foi
um trabalho árduo, mas recompensador. Numa maratona de três dias,
Câmara de Santa Cruz, voluntários da Choki, a Direção Regional
dos Recursos Florestais e a Direção Regional das Obras Públicas
arregaçaram mangas e, em conjunto, plantaram mais de setecentas
plantas numa área equivalente a cinco campos de futebol.
Para
aquela associação não-governamental foi, assim, dado mais um passo
no sentido de “aumentar o valor estético local e desenvolver um
ambiente comercial limpo e positivo” naquela que é uma das zonas
mais movimentadas das Flores.
Quem
ganha, entende, é a população e, num sentido mais amplo, a própria
da Região, que se tem projetado no mundo como destino turístico
sustentável. Como defende a Choki, "o esforço para restaurar
jardins e embelezar áreas comuns aumentará a procura por um turismo
sustentado de alta qualidade". Isto para além de representar um
"grande benefício para a comunidade".
Afinal,
"as
ilhas
são tesouros e devem ser pensadas como tais”. Nas Flores, o cofre
está mais cheio, e há nele setecentos novos “diamantes” a
envaidecer os florentinos e prontos a fazer brilhar o olhar daqueles
que visitarem a ilha mais ocidental do arquipélago.