Ministros das Pescas começam na quinta-feira a debater capturas para 2026 na UE
9 de dez. de 2025, 13:08
— Lusa/AO Online
Os
responsáveis pela pasta na UE, incluindo o ministro português da
Agricultura, José Manuel Fernandes, irão debater e decidir os totais
admissíveis de capturas para 2026 e as respetivas quotas por
Estado-membro.No que se refere ao goraz,
uma espécie de importância comercial nomeadamente nos Açores, o
executivo comunitário avança com a proposta de um corte de 3%, uma
questão que se arrastava desde o ano passado, quando uma redução de 35%
ficou suspensa numa quota provisória de 280 toneladas, enquanto se
aguardavam novos dados científicos.Para 2026, Bruxelas avança assim com um corte de 3% nas capturas de goraz, para as 382 toneladas.Outras
espécies com valor comercial serão ainda afetadas por cortes, segundo a
proposta, que prevê para o tamboril em águas ibéricas uma redução de
2%, para as 5.340 toneladas, e de 28% para o linguado (388 toneladas).Também
as capturas de juliana deverão levar cortes, com a Comissão, baseada em
pareceres científicos, a propor reduções de 26% em 2026 (98 toneladas) e
de outro tanto no ano seguinte, mas com uma quantidade adicional para
Portugal.O carapau deverá levar uma redução de 5% em água ibéricas (856.520) e a solha de 20% em 2026, 2027 e 2028 (99 toneladas).A quota de capturas de pescada deverá manter-se nas 17.445 toneladas e de raias também, nas 50 toneladas.As capturas de areeiros, por seu lado, podem subir 12%, para as 4.986 toneladas.A
UE mantém ainda negociações com países terceiros sobre as
possibilidades de pesca de, por exemplo, bacalhau, como a Noruega e o
Canadá.No primeiro caso, ainda não se
conhecem os resultados mas, em julho, a UE aprovou o acordo de pescas
com o Canadá que duplica para 495 toneladas a quota de bacalhau de
Portugal numa divisão da Northwest Atlantic Fisheries Organization
(NAFO), reaberta em 2024 após 32 anos de encerramento.