Ministro reconhece que retoma do ensino superior será “gradual”
19 de abr. de 2021, 17:43
— Lusa/AO Online
"Tal como nos
adaptamos ao regime à distância, temos de perceber que agora a retoma
tem de ser gradual. Esta é uma operação de grande responsabilidade, mas
tenho sentido que as instituições estão a cumprir todas as premissas
para garantir o reinício seguro das atividades letivas", disse Manuel
Heitor. O ministro, que esta tarde
participou na inauguração de novas valências da Escola Superior de
Média, Artes e Design, no polo de Vila do Conde do Instituto Politécnico
do Porto, tinha antes visitado um dos centros de testagem da covid-19
da Universidade do Porto, onde constatou "a alegria dos alunos pela
retoma". "É uma satisfação ter visto que
os estudantes estavam felizes por regressar às atividades letivas
presenciais, mas também perceber que nesta testagem na Universidade
Porto ainda não tinha havido testes positivos [à covid-19]", revelou o
governante. Manuel Heitor vincou que o
ministério irá "respeitar a autonomia" das universidades sobre o modelo
de retoma que irão preconizar, lembrando que "há situações diversas no
país". "Algumas aulas, nomeadamente de
cariz prático, já serão presenciais, mas outras continuarão à distância.
Vamos respeitar esse compromisso, aceitando a coexistência, porque o
processo tem de ser feito passo a passo, embora reconhecendo, também, a
importância das avaliações presenciais", disse o ministro com a pasta do
Ensino Superior. Manuel Heitor
reconheceu, igualmente, que o período sem aulas presenciais devido a
confinamento poderá ter reflexos negativos na evolução académica dos
alunos, considerando que as universidades terão de se mobilizar para
encarar o problema. "O ensino à distância
trouxe benefícios, mas também desvantagens e novos problemas, que
requerem uma monitorização. Temos pedido que as instituições se
mobilizem no acompanhamento, sobretudo dos estudantes do primeiro ano e
nos que estão a terminar os cursos e vão para o mercado de trabalho.
Esta é uma situação global, que temos de encarar com pragmatismo e
proximidade", concluiu o governante.