Ministro do Ensino Superior quer cursos de verão nos Institutos Politécnicos
3 de jun. de 2020, 18:13
— Lusa/AO Online
“A
ideia é os Politécnicos funcionarem durante todo o verão, fazerem o que
eu chamaria de “Um verão nos politécnicos”, com cursos de verão,
atraindo estudantes bolseiros da ação social, outros estudantes,
desempregados e empregados, adultos ativos, para aproveitarem este verão
que vai ser muito especifico, para virem estudar nos politécnicos em
colaboração com as empresas”, disse Manuel Heitor, manifestando-se
convicto de que os “Politécnicos vão corresponder ao desafio”. O
ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior falava à agência Lusa
após a tomada de posse de Pedro Dominguinhos para um segundo mandato
como presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores
Politécnicos (CCISP), que decorreu no auditório da Escola de Ciências
Empresarias do Instituto Politécnico de Setúbal. “Outro
desafio, para o próximo ano, é a constituição de consórcios para a
pós-graduação pelos institutos politécnicos e empregadores de âmbito
regional, para formar um grupo de escolas de pós-graduação que promovam
cursos curtos para trabalhadores no ativo”, acrescentou o ministro.“Os
politécnicos têm uma malha de instalação no território nacional que é
única, temos politécnicos em mais de 50 distritos e, por isso, a
penetração regional é muito importante - tem sido muito importante para a
formação inicial e vai continuar a ser -, mas agora têm também o desfio
de ativar consórcios com os empregadores para as escolas de
pós-graduação e atividade de pós-graduação”, justificou Manuel Heitor.Antes,
o presidente reeleito do CCISP, Pedro Dominguinhos, enunciou algumas
prioridades para os próximos dois anos do seu segundo mandato, que vão
desde a aposta na formação ao longo da vida, à alteração do estatuto dos
politécnicos, de institutos a universidades, mas o ministro não quis
falar sobre eventuais alterações no ensino superior. “Concentremo-nos
no conteúdo e não nos títulos, nos nomes. O que interessa é o conteúdo.
E acho que os politécnicos estão bem como estão. Hoje são uma marca de
qualidade. Temos de, não apenas preservar, mas valorizar cada vez mais a
marca, porque é uma marca de grande confiança junto dos empregadores e
da sociedade portuguesa”, concluiu o ministro.