Ministro do Ensino Superior diz que instituições estão preparadas para retoma
Covid-19
29 de abr. de 2020, 11:33
— Lusa/AO Online
"Ainda
nenhuma instituição disse que não estaria preparada para fazer o
levantamento progressivo das medidas de contenção" impostas por causa da
pandemia da Covid-19, disse Manuel Heitor durante uma audição
regimental na comissão parlamentar de Educação, Ciência, Juventude e
Desporto. Universidades e institutos
politécnicos estão encerrados desde 16 de março, na sequência das
medidas excecionais e urgentes decretadas pelo Governo devido à Covid-19, com as aulas a fazerem-se à distância. Há
mais de uma semana, o gabinete de Manuel Heitor emitiu uma orientação a
recomendar às instituições científicas e do ensino superior que, até
quinta-feira, "elaborem planos para levantamento progressivo das medidas
de contenção", incluindo "a reativação faseada" de atividades letivas e
não letivas presenciais, devendo as instituições "estar preparadas para
a sua concretização faseada a partir de 4 de maio".Segundo
a orientação, o ensino à distância deve ser combinado, "sempre que
possível", de forma gradual, com "atividades presenciais", tais como
aulas práticas e laboratoriais, avaliação e estágios. Durante
a audição, PSD e BE invocaram a incapacidade manifestada por dirigentes
das instituições de ensino superior em retomarem progressivamente as
aulas presenciais a partir de 4 de maio.Da
esquerda à direita, os deputados quiseram ainda saber, sem obter
respostas, se o Governo vai apoiar financeiramente as universidades e
institutos politécnicos com a compra de máscaras e com os custos
adicionais com a eventual contratação de professores para garantir aulas
presenciais nas devidas condições de segurança.O ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior defende horários desencontrados e turmas mais pequenas.Confrontado
com as dificuldades de alunos em acompanharem as aulas à distância,
Manuel Heitor afirmou que "são as próprias instituições que estão a
facilitar os meios informáticos aos estudantes que não tinham
computador".