Ministro das Finanças lamenta não poder contar com “valioso contributo” de Sérgio Figueiredo
17 de ago. de 2022, 11:50
— Lusa/AO Online
“Lamento
profundamente a decisão anunciada por Sérgio Figueiredo, mas compreendo
muito bem as razões que a motivaram”, começou por afirmar Fernando
Medina, em comunicado enviado às redações, sobre a decisão de Sérgio
Figueiredo de não prestar os serviços de consultoria para o gabinete do
ministro das Finanças.O ministro das
Finanças vincou lamentar “não poder contar com o valioso contributo de
Sérgio Figueiredo ao serviço do interesse público”.Fernando
Medina considerou também que “a melhoria da qualidade da decisão
através do contacto regular e informado com os principais agentes
económicos e sociais do país é uma necessidade específica do Ministério
das Finanças, que acrescenta às avaliações já desenvolvidas por outros
organismos públicos”.Neste sentido, o
governante defendeu que “Sérgio Figueiredo reúne excelentes condições
para desempenhar tais funções”, referindo a sua formação em Economia, a
experiência como jornalista e diretor de diversos órgãos de comunicação
social, tendo-se afirmado “como um dos mais destacados analistas
nacionais de política económica”, e ainda a liderança de cerca de sete
anos e meio da Fundação EDP.Sérgio
Figueiredo renunciou ao cargo de consultor do ministro das
Finanças, comunicando a decisão através de um texto publicado no Jornal
de Negócios.“Para mim chega! Sou a partir
deste momento o ex-futuro consultor do ministro das Finanças. Sossego as
almas mais sobressaltadas de que não cheguei a receber um cêntimo,
sequer formalizei o contrato que desde a semana passada esperava pela
minha assinatura”, pode ler-se num texto assinado por Sérgio Figueiredo.O
jornal Público noticiou a 09 de agosto que o Ministério das Finanças
tinha contratado o antigo diretor de informação da TVI e
ex-administrador da Fundação EDP Sérgio Figueiredo como consultor
estratégico para fazer a avaliação e monitorização do impacto das
políticas públicas, escolha que motivou críticas de partidos políticos e
comentadores.