Ministro das Finanças entregou proposta do Governo no parlamento
OE2023
10 de out. de 2022, 12:34
— Lusa/AO Online
A proposta de Orçamento do
Estado para 2023 vai ser debatida na generalidade no parlamento nos
próximos dias 26 e 27, estando a votação final global do diploma marcada
para 25 de novembro.Acompanhado pela
ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, e
pela sua equipa de secretários de Estado do Ministério das Finanças,
Fernando Medina entrou no parlamento e foi alguns minutos
depois recebido presidente da Assembleia da República, Augusto Santos
Silva.Ao início da tarde, Fernando Medina
apresenta em conferência de imprensa a proposta de Orçamento do Estado
para 2023, diploma aprovado em reunião extraordinária do Conselho de
Ministros no domingo e cujo cenário macroeconómico foi apresentado na
sexta-feira aos partidos com representação parlamentar.De
acordo com esse cenário macroeconómico, no próximo ano prevê-se uma
desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,3% em
2023, a par de uma redução taxa de inflação de 7,4%, este ano, para 4%
no próximo.O Governo decidiu manter a meta
de défice de 1,9% do PIB prevista para 2022 e projeta uma descida para
0,9% em 2023 - ano em que prevê uma redução do peso da dívida pública de
110,8% do PIB.Entre as principais medidas
que deverão constar da proposta orçamental estão uma atualização
regular dos escalões de rendimento do IRS em 2023 com base na
valorização salarial em 5,1%, visando assegurar a neutralidade fiscal
das atualizações remuneratórias, e uma redução seletiva do IRC.O
Orçamento do Estado entra no parlamento um dia depois de o Governo e os
parceiros sociais, exceção feira à CGTP-IN, terem fechado um acordo de
médio prazo sobre rendimentos, salários e competitividade.Entre
outras medidas, o acordo inclui uma valorização dos salários em 5,1% no
próximo ano e em 4,8% no seguinte, o aumento do salário mínimo nacional
dos atuais 705 euros para 760 euros em 2023 e uma majoração em 50% dos
custos com a valorização salarial em sede de IRC para empresas que
aumentem salários em linha ou acima dos valores previstos no acordo.Em
setembro, o executivo anunciou que as pensões até 886 euros vão
aumentar 4,43%, enquanto as que têm um valor entre os 886 e os 2.659
euros sobem 4,07%, e as restantes (que estariam sujeitas a atualização
tendo em conta a fórmula legal em vigor) aumentarão 3,53%.Já
no início da semana passada, o executivo propôs aos sindicatos da
administração pública aumentos salariais entre 8% e 2%, com garantia de
um mínimo de cerca de 52 euros por ano até 2026.O
aumento anual mínimo para a função pública será equivalente a uma
mudança de nível remuneratório (cerca de 52 euros), variando entre 8%
para a remuneração mais baixa da tabela, que é de 705 euros, e 2% para
os rendimentos a partir de 2.570,82 euros.