Ministro da Segurança Social e Solidariedade é ouvido hoje na AR
Raríssimas
18 de dez. de 2017, 08:02
— Lusa/AO Online
A comissão de
Trabalho e Segurança Social aprovou na quarta-feira por unanimidade um
requerimento do PS para que o ministro Vieira da Silva preste
esclarecimentos sobre o caso relativo a suspeitas de gestão danosa na
Associação Raríssimas.Na quinta-feira, a audição acabou por ficar marcada para hoje às 15.30. O
PSD tinha exigido ouvir as explicações de Vieira da Silva no parlamento
sobre o caso Raríssimas até sexta-feira passada, considerando que o
Governo não deveria ir de fim de semana “deixando este manto de
suspeição avolumar-se”.Vieira
da Silva foi vice-presidente da assembleia-geral da Raríssimas entre
2013 e 2015, função no âmbito da qual aprovou as contas da associação.O
ministro pediu, entretanto, uma auditoria às contas da Raríssimas para
verificar “se do lado do Estado houve alguma fragilidade”. Uma
reportagem divulgada em 09 de dezembro pela TVI deu conta de alegadas
irregularidades nas contas da Raríssimas, tendo apresentado documentos
que colocam a agora ex-presidente da associação, Paula Brito e Costa,
como suspeita de utilizar fundos da Instituição Particular de
Solidariedade Social (IPSS) para fins pessoais.Entre
as irregularidades apontadas, conta-se a compra de vestidos de alta
costura, de bens alimentares caros e o pagamento de deslocações, apesar
de ter um carro de alta gama pago pela Raríssimas. Além disso Paula
Brito e Costa terá também beneficiado de um salário de três mil euros,
de 1.300 euros em ajudas de custos e de um Plano Poupança Reforma que
rondava os 800 euros mensais.A
TVI avançou ainda que o agora ex-secretário de Estado da Saúde Manuel
Delgado colaborou com a associação como consultor em 2013 e 2015.Na terça-feira passada tanto Paula Brito e Costa como Manuel Delgado apresentaram a demissão dos cargos.