Ministro da Saúde espanhol abandona Governo para ser candidato socialistas a eleições catalãs
25 de jan. de 2021, 15:59
— Lusa/AO Online
"O ministro
da Saúde, Salvador Illa, inicia hoje as suas últimas 24 horas à frente
do ministério. Ele vai participar no seu último Conselho de Ministros de
terça-feira e o seu substituto será anunciada" nesse dia, declarou hoje
o executivo liderado por Pedro Sánchez num comunicado.A
saída de Salvador Illa do Governo era conhecida desde o final de
dezembro último, mas o executivo ainda não tinha anunciado a data exata.Segundo a imprensa espanhola, o seu substituto deverá ser a ministra da Política Territorial e Função Pública, Carolina Darias.Salvador Illa é um catalão de 54 anos que se tornou muito conhecido devido à gestão feita na luta contra a pandemia de covid-19.Depois
de um ano no Governo de Sánchez, Illa será assim o candidato do PSC
(Partido Socialista da Catalunha) nas próximas eleições regionais na
Catalunha (nordeste do país) em 14 de março próximo, depois de os
tribunais terem anulado a decisão do governo regional de adiá-las até ao
final de maio devido à pandemia. De
acordo com as últimas sondagens, o PSC com Salvador Illa como cabeça de
lista poderia ser o partido mais votado na consulta eleitoral, à frente
das formações separatistas que atualmente governam a região.O
catalão abandona o Governo central numa altura em que a pandemia
alcança níveis recorde em Espanha, que já é um dos países mais atingidos
pela doença na Europa, com mais de 55.000 mortos.As
eleições antecipadas na comunidade autónoma da Catalunha foram marcadas
devido à inabilitação, decretada pelo poder judicial em setembro
passado, do último presidente regional, o independentista Quim Torra,
condenado por se ter recusado a retirar uma faixa com conteúdo
separatista da fachada da sede do governo regional durante a campanha
para as eleições parlamentares nacionais de abril de 2019.Torra
assumiu a presidência da região nas eleições, assim como estas
antecipadas, de dezembro de 2017, depois da tentativa falhada de
autodeterminação da Catalunha em 01 de outubro do mesmo ano, que
terminou com a fuga para a Bélgica do presidente anterior, Carles
Puigdemont.