Ministro da Defesa dá posse ao diretor da PJM e sublinha valor da instituição
2 de out. de 2018, 10:55
— Lusa/AO Online
“Através
da nomeação do senhor capitão-de-mar-e-guerra Paulo Manuel José Isabel,
que assume a responsabilidade de zelar pela Polícia
Judiciária Militar, consolida-se a normalidade e a estabilidade
inerentes ao regular funcionamento desta instituição”, declarou Azeredo
Lopes.Num
breve discurso após a posse do capitão-de-mar-e-guerra Paulo Isabel, no
salão nobre do Ministério da Defesa, Lisboa, o ministro Azeredo Lopes
defendeu o “valor” da Polícia Judiciária Militar e considerou que o novo
diretor vai enfrentar “circunstâncias exigentes”.“Uma
instituição que, enquanto tal, é um capital de valor. Uma instituição
que, enquanto tal, dá, como sempre deu, o seu contributo para o
património comum dos valores que fazem e asseguram um Estado de
Direito”, disse Azeredo Lopes."Fá-lo, estou certo, com grande coragem e sentido de missão", acrescentou.O
despacho de nomeação do novo diretor da PJM refere que “se deu a
vacatura do lugar” e que o capitão-de-mar-e-guerra Paulo Isabel “pela
sua aptidão e experiência profissional tem o perfil pessoal e
profissional para se alcançar os objetivos” pretendidos para aquela
instituição policial, que funciona hierarquicamente na dependência do
ministro da Defesa.No
seu discurso, Azeredo Lopes aludiu às “circunstâncias sensíveis” e
“conhecidas de todos, não sendo necessário repisá-las", que “fazem com
que” o diretor cessante da PJM, coronel Luís Vieira, “cuja presunção de
inocência não se belisca, não disponha das condições factuais e
objetivas para desempenhar as funções para as quais foi designado”. Azeredo
Lopes sublinhou em seguida o “empenho desinteressado” do coronel
Marques Alexandre, diretor da Unidade de Investigação Criminal da PJM
que assumiu a direção da instituição quando o coronel Luís Vieira foi
detido, no âmbito da investigação ao aparecimento do material de guerra
furtado em Tancos. O
coronel Marques Alexandre decidiu na segunda-feira abandonar o cargo na
PJM depois de o ministro da Defesa nomear para a direção daquela
polícia o comandante Paulo Isabel. Dirigindo-se
ao novo diretor da PJM, em funções a partir de hoje, Azeredo Lopes
disse que “não se escamoteiam as circunstâncias exigentes” que o
esperam.Contudo,
frisou, “não se abdica da esperança nem da determinação a que sempre
incita um desafio, como outros que com muito mérito enfrentou ao longo
da sua carreira militar”.A
cerimónia, curta e com alguns militares e civis presentes, entre os
quais os chefes dos ramos, decorreu no salão nobre do Ministério da
Defesa, e, no final, nem o ministro da Defesa nem o novo diretor da PJM
se mostraram disponíveis para responder a perguntas dos jornalistas.