Autor: Lusa/AO Online
“Ainda teremos pela frente provas muito difíceis. Haverá perdas. Teremos de passar pela dor, superar o medo e o desespero”, afirmou Oleksiy Reznikov, em comunicado divulgado pelo seu ministério.
“Mas vamos vencer sem dúvida. Estamos na nossa terra”, acrescentou.
“O Kremlin deu mais um passo para ressuscitar a União Soviética (URSS)” através de “um novo Pacto de Varsóvia”, o pacto militar criado em resposta à NATO e “um novo muro de Berlim”, acrescentou.
Segundo Reznikov, após oito anos a fazer uma “guerra vil” em Donbass, com a Rússia a “esconder-se atrás de mulheres e crianças, a disparar sobre escolas e casas, [a orquestrar] sequestros e torturas, mentiras e intimidações, saques e destruição da terra ucraniana, ontem [segunda-feira] o inimigo” mostrou a sua verdadeira cara”.
Putin mostrou “a cara de um criminoso que quer fazer refém o mundo livre”, que está consciente do seu crime e tem medo, porque “no final, o crime será inevitavelmente punido”, alertou o ministro.
“A nossa escolha é muito simples: defender o nosso país, a nossa casa, a nossa família. Nada mudou para nós. Agora veremos os verdadeiros amigos e aqueles que se juntarão” à condenação internacional do reconhecimento russo [das regiões ucranianas] e ao envio de tropas para Donetsk e Lugansk, defendeu.
Sublinhando que o exército conta com o apoio do povo, o ministro da Defesa ucraniano garantiu que todos os esforços da liderança político-militar do Estado e do comando das Forças Armadas da Ucrânia têm atualmente como objetivo fortalecer a defesa e assegurou que a liderança do país permanecerá calma e não permitirá decisões caóticas.
“Muitas pessoas vão tomar decisões caóticas com base nas suas emoções. Nós não vamos permitir isso. A nossa força está na união e na confiança. Com a cabeça fria. Vamos manter a calma. Vamos manter o sistema. Pela memória dos irmãos (caídos). Pelo que amamos”, pediu Reznikov.
O
Presidente russo, Vladimir Putin, instruiu, hoje de madrugada, o seu
exército para se posicionar nas “repúblicas” separatistas de Donetsk e
Lugansk, poucas horas depois de reconhecer a sua independência apesar do
risco de agravar o conflito no leste da Ucrânia, que já provocou mais
de 14.000 mortos desde 2014.