Ministro apela ao uso de máscara nas estações e transportes públicos
Covid-19
4 de mai. de 2020, 10:03
— Lusa/AO Online
“É
fundamental para proteger-nos a nós e aos outros. É fundamental que
todos as usem [máscaras] e temos de ser todos responsáveis para connosco
e com os outros”, disse Pedro Nuno Santos, que falava à saída de uma
visita à Central de Segurança da Infraestruturas de Portugal, em Santa
Apolónia (Lisboa).O ministro referiu que
nalguns comboios das áreas metropolitanas do Porto e Lisboa, o controlo
da lotação “é muito difícil”, justificando a dificuldade em “meter mais
comboios, porque a capacidade da infraestrutura nas horas de ponta está
cheia”.“Nos comboios suburbanos o controlo
da lotação é mais difícil, ela tem de ser cumprida, mas é difícil. (…)
Há uma dimensão de responsabilidade individual que queremos que as
pessoas incorporem e percebam que depende de si também garantir que o
comboio não está sobrelotado, que não entram num comboio já muito cheio e
que usam sempre a máscara, não só dentro do comboio, mas dentro da
estação também”, disse. O governante
explicou que hoje, o primeiro dia do plano definido pelo Governo para
reabertura progressiva dos serviços e comércio, na “pequena amostra” que
viu na central de segurança, que tem ligação a cerca de 3.000 câmaras
de segurança instaladas em estações de comboios de todo o país, “ainda
não há enchentes e os comboios estão com uma boa lotação” para permitir a
distância de segurança recomendada pelas autoridades.
“Foi reposta a 100% toda a oferta e colocámos sinalização em todas as
estações. Pudemos constatar que não temos ainda grandes enchentes aos
comboios, que estão com uma boa lotação, o que permite o distanciamento,
e a esmagadora maioria [das pessoas] está a usar máscara”, explicou.Pedro
Nuno Santos disse também que as forças segurança estão em várias
estacões para alertar e recomendar o uso de máscara e acrescentou que
“nos próximos dias a pressão sobre os transportes públicos, e os
comboios em particular, pode aumentar e as forças segurança farão
cumprir a lei”, lembrando que “a não utilização de máscaras implica uma
coima elevada”.O ministro reconheceu que
há dificuldades em reforçar a oferta de comboios nalgumas linhas, dando
como exemplo as de Sintra e de Cascais, explicado: “são linhas muito
frequentadas em tempos normais e com lotações muito elevadas. É muito
difícil conseguirmos meter mais comboios, não só porque não os temos,
mas porque a capacidade da infraestrutura não consegue (…) pois o canal
nas horas de ponta está cheio”.“Vamos ter de lidar com esta dificuldade”, acrescentou.Apelou,
por isso, à responsabilidade de cada utilizador para evitar entrar em
comboios já cheios, ajudando a cumprir a lotação máxima de dois terços
definida pelas autoridades para o período de reabertura condicionada de
parte do comércio e serviços públicos que hoje começou, com algumas
regras novas como o uso de máscaras obrigatório nalgumas situações.A
legislação aprovada pelo Governo prevê coimas entre 120 e 350 euros
para quem não respeitar o uso de máscaras nos transportes públicos.As
máscaras ou viseiras também passam a ser obrigatórias nos serviços de
atendimento ao público e nos estabelecimentos comerciais.O
plano de transição definido pelo Governo terá medidas diferenciadas
para cada fase, a primeira com início hoje, seguindo-se os dias 18 e 31
de maio e 1 de junho.