Ministro admite solução para o IRC e IRS Jovem "a meio do caminho" das propostas do Governo e do PS
OE2025
12 de set. de 2024, 11:00
— Lusa/AO Online
Numa
entrevista divulgada na edição do Público desta quinta-feira, Pedro Duarte adverte
que "normalmente é um mau princípio" quando se parte para uma
negociação e "se diz à partida que não se vai ceder em nada"."Volto
a dizer que deve haver humildade suficiente de ambas as partes para
podermos encontrar-nos eventualmente a meio do caminho", responde o
titular dos Assuntos Parlamentares ao Público, na sequência das
perguntas sobre as linhas vermelhas colocadas pelo PS às propostas do
Governo de baixa do IRC e do IRS Jovem.Questionado
sobre a possibilidade de o Governo e o PS encontrarem uma solução para o
IRC e o IRS Jovem "a meio do caminho", Pedro Duarte responde que "sim".Sobre
a alegada inflexibilidade do PS para negociar o IRC e o IRS Jovem, o
ministro responde: "Não sei se é bem assim. Eu já ouvi coisas diferentes
também - por exemplo, no IRC eu ouvi falar em seletividade".Pedro
Duarte diz que o Governo ainda não percebeu "qual a margem de manobra
que o PS tem ou quer ter relativamente a essas duas matérias em
concreto".Na entrevista, o titular dos
Assuntos Parlamentares garante que o Governo não terá uma "atitude
excludente" dos partidos na negociação do orçamento e volta a alertar
que "uma crise seria péssima para o país".Quando
questionado se o chumbo do orçamento deve conduzir a eleições
antecipadas, Pedro Duarte remete para o Presidente da República, a quem
compete tomar a decisão.Sobre a
necessidade de um orçamento retificativo em caso de chumbo da proposta
de Orçamento do Estado para 2025, responde que é uma questão que "não se
coloca"."É um cenário que não
equacionamos. É sempre preferível termos um Orçamento do Estado que dê
estabilidade ao país, que desencrave o país, que dê futuro ao país, do
que irmos depois, com remendos, tentar retificar qualquer erro que se
tenha cometido na votação do Orçamento do Estado", conclui o membro do
Governo.