Ministra reconhece que redução do défice no SNS ficou aquém e frisa despesa com pessoal
24 de jan. de 2020, 12:47
— Lusa/AO Online
“Aquilo
que conseguimos alcançar em 2019 foi uma redução do défice do SNS
[Serviço Nacional de Saúde] em relação aos resultados finais de 2018.
Contudo, por diversos fatores, designadamente custos com pessoal (…),
fruto de um conjunto de escolhas de fizemos ao nível da contratação, dos
descongelamentos e das valorizações remuneratórias implicaram que
tivéssemos um crescimento despesa”, afirmou Marta Temido.A
governante, que falava no auditório da Caixa Geral de Depósitos –
Culturgest, em Lisboa, realçou ainda que, ao longo do ano de 2019, houve
reforços no orçamento do Serviço Nacional de Saúde na casa dos 1.000
milhões de euros e que, desses, “mais de 600 milhões foram apenas para
liquidação de pagamentos em atraso”.“Cerca
de 300 milhões de euros entraram na conta do SNS, ajudando a melhorar o
défice, mas mais de 600 milhões foram apenas para liquidação de
pagamentos em atraso. Se tivessem entrado também na conta do SNS
teríamos um resultado na ordem daquele que nos propomos a atingir em
2020, ou seja, o equilíbrio financeiro”, explicou.Marta
Temido reconheceu que os números alcançados “são importantes para o que
foi o esforço do SNS de aumentar a resposta aos portugueses em termos
de cuidados de saúde”.“Dão a expectativa
de que, em 2020, vai ser possível cumprir o que nos propomos: mais
atividade assistencial, com sustentabilidade do SNS, e, sobretudo, (…)
com pagamentos em atraso iniciais bastante controlados, o que não desfaz
do esforço de continuar a trabalhar para ter boas contas”, acrescentou.Segundo
os números oficiais citados hoje pelo Jornal de Negócios, o défice na
saúde baixou para 620,9 milhões de euros em 2019, um valor aquém dos 90
milhões que estavam previstos no Orçamento do Estado. Os dados indicam que a despesa total cresceu 4,8%, atingindo 10.680,1 milhões de euros, e que a despesa com pessoal subiu 7,3%. A
receita foi reforçada em 6,3% face à execução do ano anterior,
maioritariamente através de mais transferências da administração
central.