Ministra nega rutura em unidades hospitalares de Lisboa e Vale do Tejo
1 de jul. de 2020, 10:34
— Lusa/AO Online
Marta Temido respondia a questões da deputada
do CDS-PP Ana Rita Bessa na comissão parlamentar de Saúde, onde está
hoje a ser ouvida.De acordo com a
ministra, na terça-feira, das 491 camas ocupadas no país com doentes com
covid-19, 362 (ou seja 74%) eram em LVT e, das 73 camas em Unidades de
Cuidados Intensivos (UCI) ocupadas, 68 (ou seja 93%) eram em LVT.A ministra sublinhou ainda que em LVT existiam 362 utentes em enfermarias covid-19, mas a região tem 6.101 camas.“Portanto, quanto à rutura da capacidade instalada estamos entendidos”, afirmou a ministra.Quanto
às camas em UCI, Marta Temido destacou que há 68 camas ocupadas, sendo
que, em LVT, existe um total de 271 camas disponíveis em UCI
polivalentes de adultos, das quais 95 “estão apenas afetas à covid-19”,
afirmou, destacando ainda “a capacidade de o sistema funcionar em rede”
com outras unidades hospitalares da região.O
bastonário da Ordem dos Médicos afirmou na terça-feira que o hospital
Amadora-Sintra “já ultrapassou o limite da sua capacidade” e que teve de
transferir 50 doentes com a covid-19 para outras unidades de saúde.“A
pressão no hospital é muito grande. O hospital Amadora-Sintra já é um
hospital que habitualmente já tem problemas porque está dimensionado
para uma população que é muito menor daquela que tem na realidade”,
disse aos jornalistas Miguel Guimarães, no final de uma visita àquela
unidade de saúde do distrito de Lisboa.Segundo
referiu o bastonário, neste momento no hospital Amadora-Sintra
(Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca) estão internados entre 60 a
70 doentes infetados com covid-19, dos quais oito estão em cuidados
intensivos.