Ministra do Mar garante celeridade na instalação radares meteorológicos
20 de nov. de 2017, 14:17
— Lusa/AO online
“Este
será um processo que a área governativa do Mar, através do Instituto
Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), quer célere, que dentro das
condicionantes que têm os concursos públicos tem que ser desde já célere
e feito o mais depressa possível, até porque está assegurado o seu
financiamento com fundos europeus”, afirmou Ana Paula Vitorino.A
ministra falava em Angra do Heroísmo, na Terceira, após a assinatura de
dois protocolos, o primeiro entre o IPMA e o Comando da Força Aérea
Americana (para transferência de propriedade das infraestruturas
existentes em Santa Bárbara) e o segundo entre o IPMA e o Governo
Regional dos Açores para a cedência do terreno onde está instalada a
torre do radar.A
Força Aérea norte-americana detinha o único radar meteorológico nos
Açores, na serra de Santa Bárbara, mas decidiu desativá-lo na sequência
da redução da presença militar na base das Lajes, tendo retirado parte
da estrutura, pelo que será agora lançado um concurso para a aquisição
do equipamento em falta.Ana
Paula Vitorino salientou que os acordos firmados “muito
representam para a segurança do país”, com os quais pretende-se
“assegurar e reforçar a vigilância das condições meteorológicas e a
salvaguarda de pessoas e bens, matérias que têm constituído uma das
prioridades” dos executivos nacional e regional.Além
deste radar, a ministra assegurou que o Governo vai continuar a
implementar a rede destas estruturas no arquipélago em colaboração com o
executivo regional e concluir, “logo que possível, o planeamento do
novo radar de São Miguel”, estendendo ao grupo oriental “o mesmo nível
de observação” na Terceira, no grupo central.O
último elemento desta rede nos Açores é o radar nas Flores, no grupo
ocidental, “de forma a ser completado um plano fixado há muito, mas que
só agora encontra real concretização”.O
presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, considerou a
presença da ministra como um “comprometimento do Governo da República
em que este processo, tendo em conta a sua relevância para a vida dos
açorianos, avance rápido e avance bem”.“Sei
que esta relevância - que todos nós temos consciência que evoluiu para
um patamar de verdadeira e efetiva urgência a partir do momento em que
pela Força Aérea dos EUA foi desativado o único radar que servia o
arquipélago - é perfeitamente assumida pelo Governo da República”,
adiantou.Para
Vasco Cordeiro, “a importância deste processo tem a ver em grande medida
com “a segurança dos açorianos e com a previsão atempada e o
desencadear de medidas necessárias à sua proteção e dos seus bens”, mas
também com outras atividades, como a navegação aérea.A
este propósito, referiu que o arquipélago está “sujeito a condições
meteorológicas adversas e a fenómenos climatéricos que são cada vez mais
extremos e frequentes”, pelo que nos Açores, “por ventura tanto ou mais
que noutras partes do país, devido aos constrangimentos geográficos”, o
detalhe com que se possam fazer as previsões meteorológicas quando
estão em causa fenómenos mais graves “não é um capricho de uma região ou
uma matéria sequer que deva ser de querela política”, mas “um
imperativo de um Estado que se quer responsável e previdente”.Manifestando
“muita satisfação” com o início deste processo, “apesar de tardio e que
atravessou vários governos”, Vasco Cordeiro apelou para que “o processo
de concurso público que se seguirá seja o mais rápido possível” e pediu
também celeridade para a instalação dos outros dois radares.“Só
assim com a conclusão integral destes investimentos, que não ignoramos
serem avultados, se poderá afirmar que os Açores estarão em condições de
igualdade com o restante país neste domínio e que os açorianos gozam do
mesmo grau de atenção e apoio do Estado do que os restantes
concidadãos”, salientou.